Esperança

João Bombeirinho consegue doador de medula óssea

Depois de dois anos e meio buscando um doador, finalmente a sorte apareceu para o garoto João Daniel de Barros, que ficou conhecido em todo o País como João Bombeirinho. Ele, que vai completar sete anos de idade, conseguiu um doador com 90% de compatibilidade para o transplante de medula óssea. João tem leucemia, doença diagnosticada quando ele tinha quase dois anos de vida. A doação virá do exterior, de um doador não parentado, e o transplante deve ser realizado no dia 24 deste mês no Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba.

‘Quando recebemos a notícia, foi uma felicidade muito grande. Quando menos se esperava. João estava com um quadro de infecções e a médica ligou dando a notícia. Até fiquei um pouco atordoada‘, comentou Ana Paula Estevam, mãe de João. Eles chegaram em Curitiba no dia 10 de setembro e conseguiram alugar um apartamento próximo ao HC graças a ajuda de amigos.

Ana Paula começou uma campanha na internet pela busca de doadores de medula óssea. Isto, aliado com o fato de João querer ser bombeiro, fez com que a história do menino ficasse conhecida em todo o Brasil. ‘João se tornou um símbolo. E, depois que eu voltar com o João curado, é mais um motivo para eu continuar com a campanha. Queremos que ele tenha uma infância, o que ele não teve até agora‘, ressalta Ana Paula, que sempre veste camisetas com as fotos da família e com frases incentivadoras relacionadas à história. A camiseta trazia a frase: ‘100% de esforço onde houver 1% de chance‘. ‘É meu uniforme de mãe‘, brinca.

Tudo começou quando a criança tinha um ano e onze meses. Veio o diagnóstico de leucemia e começou o tratamento com quimioterapia. Os médicos verificaram que era necessário um transplante para curar o menino. De acordo com Lizandro Lima Ribeiro, medido hematopediatra do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas, as chances de João ficar curado chegam a mais de 70%. ‘O transplante em si é simples. Parece uma transfusão de sangue, através de um cateter. Mas é um procedimento complexo. Você vai trocar o sistema imunológico da criança‘, explica.

João deve ficar ainda em Curitiba 100 dias após o transplante e depois poderá voltar para Maringá, onde mora. Mas a recuperação total deve durar no mínimo seis meses. João vai colocar o cateter no próximo dia oito e será internado novamente no dia 15 para começar a receber os preparativos para o transplante, programado para o dia 24. Um dia antes o sangue com as células tronco será retirado do doador estrangeiro e enviado para o Brasil.

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