No Paraná, o secretário da Saúde, Beto Preto, reforçou no domingo (3) a defesa do isolamento social como medida de enfrentamento ao coronavírus. “Estamos lutando contra algo não visível. Esse vírus não escolhe lugar de residência, não escolhe idade, nem sexo. E não podemos enfatizar que são os idosos os mais afetados. Vejam os dados em nosso Estado, temos mais de um terço de óbitos de pessoas jovens, são 32 mortes com idade entre 34 e 59 anos”, disse ele.
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“A orientação do governo do Paraná pelo isolamento social segue até que a pandemia perca força. Essa decisão se justifica pelas constantes avaliações feitas por especialistas da área de saúde”, concluiu Beto Preto.
A declaração do secretário, divulgada através da Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo do Paraná, surge em meio a pressões por reabertura de alguns serviços, como shoppings e academias de ginástica, suspensos desde o final de março, através dos decretos 4.301 e 4.311.
No último dia 27, em reação às cobranças por reabertura, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), assinou um novo decreto (4.545) no qual informa que caberá à Secretaria da Saúde definir “normas e procedimentos para a regulamentação da retomada dos serviços essenciais e/ou não essenciais”. “A retomada dos serviços poderá ser reavaliada a qualquer tempo pela Secretaria da Saúde, observada a evolução recente da pandemia decorrente da Covid-19”, acrescenta o decreto.
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Até agora, contudo, a Secretaria da Saúde ainda não editou regras para retomada de serviços e não há data certa para que isso aconteça. Neste domingo, o secretário da Saúde apenas reforçou seu pedido de isolamento social e destacou os números da doença no Paraná.
No Paraná, desde o início da pandemia, 11 de março, até dados do dia 3 de maio, foram registrados mais de 1,5 mil casos confirmados de Covid-19 e 93 mortes em decorrência da doença. Dos 399 municípios paranaenses, 133 têm casos de infecção por coronavírus.
Igrejas e templos
No domingo (3), a AEN também citou um vídeo do bispo Diocesano de Paranavaí, dom Mário Spaki, no qual ele prorroga a suspensão das celebrações públicas da Santa Missa. “Mesmo com todos os cuidados, com álcool gel, limpando e usando máscara, faremos aumentar o número de pessoas infectadas e de pessoas hospitalizadas, e talvez faremos até aumentar o número de pessoas mortas”, disse dom Mário Spaki.
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Recentemente, a Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei que classifica igrejas e templos como “essenciais em período de calamidade pública”. A expectativa dos autores do texto, os deputados estaduais Alexandre Amaro (Republicanos) e Gilson de Souza (PSC), que também são pastores evangélicos, é liberar a realização de cultos, por exemplo.
A atividade religiosa não está proibida (é possível fazer aconselhamento individual, por exemplo), nem a abertura de igrejas e templos, mas há veto a aglomerações e a eventos que possam reunir mais de 50 pessoas. Parlamentares aliados ao governador Ratinho Junior cobram a sanção do projeto de lei.
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