Curitiba poderá voltar a ter um bondinho, aos moldes daquele antigo, que fica na Rua XV de Novembro, bem no centro da cidade, que em breve se tornará num espaço de leitura.
Isso porque o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) está buscando a viabilização do projeto que prevê a implementação de uma nova linha férrea urbana, com foco no turismo da capital.
O projeto “Bonde Turístico de Curitiba”, que integra as ações do “Programa Novo Centro” de revitalização da área central da capital, pretende recolocar em circulação os antigos bondes elétricos que serviram como transporte coletivo no início do século XX.
O instituto não descarta o reaproveitamento do bondinho da XV. Inicialmente, o projeto prevê um itinerário com os bondes partindo da antiga Rede Ferroviária Federal passando pela Avenida Silva Jardim e chegando até o Passeio Público.
O presidente do Ippuc, Cléver Ubiratan de Almeida, estima que a execução do projeto e das obras de implantação dos novos bondes deverá custar de R$ 13 milhões a R$ 15 milhões.
A estimativa considera desde a construção da linha férrea, passando pela alimentação elétrica e a revitalização das vias públicas. “A maior parte dos recursos seriam aplicados na recuperação dos bondes”, afirma.
Segundo Almeida, o instituto estuda a possibilidade de, numa primeira etapa, o bonde partir da Praça Eufrásio Correia, para reduzir os custos iniciais do projeto. Ele ressalta que o objetivo é trazer para o presente o tempo em que o bonde era o principal meio de transporte da cidade.
“A ideia é resgatar o histórico da cidade. O bonde vai passar por pontos e edificações importantes no contexto histórico, como o Passeio Público, que é o primeiro parque da cidade, e pelo Paço Municipal, que é o único prédio tombado pelo patrimônio da União”, diz.
Segundo o presidente do Ippuc, o instituto está buscando alternativas de financiamento para o projeto, entre elas uma parceria entre a prefeitura e a iniciativa privada, ou um financiamento pelo governo federal.
“A partir disso vamos desenvolver os projetos executivos da linha, da alimentação aérea e dos demais. Gostaríamos de ter o projeto já concluído para a Copa de 2014”, conclui.
