Sem trabalho

Ipardes divulga perfil de desempregados na RMC

Os desempregados na Região Metropolitana de Curitiba foram estimados em 97 mil pessoas em março, 47,4% com ensino médio completo ou superior incompleto. Mais da metade procurava emprego há quase seis meses e 19,4%, há mais de seis meses ou simplesmente desistiram de procurar.

As características dos desempregados foram divulgadas nesta segunda-feira (25), pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social – Ipardes, com base na Pesquisa Mensal de Emprego de março, realizada em parceria com o IBGE.

A maioria dos que estavam sem emprego era mulheres (53,7%). Em comparação com as outras seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), Curitiba ainda tinha o menor percentual de desemprego de mulheres. No Rio de Janeiro, por exemplo, elas representam 60% dos desempregados.

Idade

Considerando as pessoas economicamente ativas (PEA), praticamente metade da população desempregada está na faixa de 25 a 49 anos, estimada em 47,7 mil pessoas. No entanto, a maior taxa de desemprego (11,6%) é percebida entre os jovens de 18 a 24 anos, com 29,7 mil pessoas. A taxa de desemprego entre os mais jovens é quase o dobro da taxa total de desempregados na RMC, que foi de 6,3% em março.

Esta tendência da taxa de desemprego ser maior entre os jovens de 18 a 24 anos segue a média nacional. De acordo com o presidente do Ipardes, Carlos Manuel dos Santos, este pode ser um indicador positivo, pois estas crianças e jovens podem ter mais tempo para se dedicar aos estudos ou também indica melhores condições das famílias por conseguirem manter o sustento de seus jovens sem ter que submetê-los ao trabalho precoce.

Outra característica que chamou a atenção é que 43,7% dos desempregados não possuem o ensino médio completo. Este índice é bem menor entre aqueles que possuem superior completo, 8,9%. Esses números acompanham a média nacional.

Analisando a taxa de desemprego por setor de atividade do antigo trabalho, o maior percentual (4,8%) trabalhava na indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água. Os demais desempregados trabalhavam nos seguintes setores: construção civil (4,2%); comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (4,6%); intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados a empresas (4,3%); administração pública, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (1,3%); serviços domésticos (2,8%); outros serviços (3%); outras atividades (4,2%).

Comparando-se março deste ano com março de 2008, apenas dois setores tiveram diminuição no número de desempregados: administração pública, seguro social, educação, saúde e serviços sociais com queda de 1,1 ponto percentual e outros serviços, apresentando diminuição de 0,8 ponto percentual.