As regiões do Vale do Ribeira, Centro-Sul e Litoral Norte (município de Guaraqueçaba) são as que apresentam os piores índices de desenvolvimento humano no Paraná, enquanto o Oeste do estado e a região Metropolitana de Curitiba contam com os melhores desempenhos. Essas foram algumas das principais conclusões da Pesquisa do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) apresentada ontem pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social). Os dados foram estruturados e atualizados em 15 dias, a partir de pesquisa realizada no ano de 2000.
O IDHM analisa dados referentes à renda per capita e números de educação e saúde. Os números de IDH também demonstrou que 33% da população paranaense vive em municípios com IDHM inferior ao registrado na média brasileira, que é de 0,764. Os bons resultados estão concentrados em apenas 6% dos municípios paranaenses, enquanto que em Santa Catarina, eles atingem 40% dos municípios.
Ainda tomando por base comparativa o estado vizinho, enquanto 50% da população rural catarinense está presente em municípios com alto índice de desenvolvimento, menos de 10% dos trabalhadores rurais do Paraná vivem em municípios com IDHM superior.
Conforme a análise da diretora do Ipardes, dados como estes revelam a fragilidade das políticas públicas desenvolvidas nos últimos anos na área social. Segundo a diretora-presidente do Ipardes, Liana Carleial, a divulgação do IDHM é a primeira resposta concreta do Ipardes para a condução do plano de governo nos próximos quatro anos. “O Ipardes tem uma história de quase 30 anos de muito trabalho, desenvolvendo pesquisas e análises que traçaram o perfil da sociedade paranaense e no governo Requião terá um papel ainda mais importante ao ajudar a determinar os rumos das políticas públicas cujo eixo de planejamento é o combate à exclusão social”, disse Liana.
Como parte da nova orientação de fortalecer o trabalho do Ipardes está a democratização das informações obtidas a partir das pesquisas para toda a sociedade paranaense.
