O Paraná Online também procurou as autoridades responsáveis pelo transporte coletivo urbano para verificar o que mudou desde o fatídico acidente na Tiradentes. O que se concretizou das diversas soluções cogitadas na época da tragédia? A Urbs destacou que, com os consórcios que assumiram a gestão do transporte, em novembro de 2010, veio a renovação de mais da metade da frota de ônibus em circulação na cidade, passando de 4,9 anos para 4,3 anos a média de idade dos veículos.
Na sequência, em abril deste ano, entrou em funcionamento o Centro de Controle Operacional (CCO) que deu início à implantação do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM) de Curitiba. O CCO atende às pretensões de manutenção e regularidade do sistema de transporte na cidade, já que gera em tempo real todo tipo de informação sobre o trânsito e a condução de cada ônibus por meio do computador de bordo integrado ao telão monitorado pela Urbs e pelas empresas de transporte na cidade. Os biarticulados, Ligeirinhos e Interbairros já estão integrados ao CCO.
Segundo a Urbs, esta melhoria teria permitido uma avaliação mais precisa sobre como a tragédia na Tiradentes ocorreu, em qual velocidade estava o motorista, bem como todos os fatores que acabaram levando o veículo a perder o controle. Também seria muito mais ágil o processo de solicitação de socorro das vítimas e o atendimento dos usuários do transporte, conforme a autarquia.
Para o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), o episódio de 2010 não interferiu isoladamente nas políticas de segurança. O Setransp informou que, no treinamento dos funcionários, as empresas investem em conformidade com a legislação vigente. Quanto aos motoristas que se envolvem em acidentes, a regra é submeter os profissionais a um curso de reciclagem.