Invasões em faixa de domínio travam ferrovias

As mais de cem invasões na faixa de domínio das ferrovias do Paraná e mais de dez passagens em nível problemáticas no Estado são os principais empecilhos para o desenvolvimento do setor. A situação foi apontada em um levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF). Tais problemas, segundo o diretor-executivo Roberto Vilaça, afetam diretamente a produtividade e reduzem a capacidade de responder à demanda ferroviária.

Ao todo são 824 focos de invasão, envolvendo 200 mil famílias, ao longo do 28.143 quilômetros de malha ferroviária administrados por concessionárias no País. O Paraná é o estado que mais tem áreas de invasão: das 156 invasões na região Sul, 104 estão no Paraná. Segundo informações da ANTF, tratam-se de avanços de cercas, plantações, casas e construções irregulares. As cidades onde concentram-se as maiores invasões de residências irregulares são Curitiba, Almirante Tamandaré, Castro, Ponta Grossa e Piraí do Sul. "O limite a ser respeitado nas faixas de domínio é entre 7,5 metros e 12,5 metros. Nem isso está sendo respeitado. Essa situação atrapalha, pois coloca em risco a própria população que fica à beira dos trilhos e reduz a segurança e o desempenho operacional das composições", explica Vilaça.

Outro problema apontado no diagnóstico apresentado pela ANTF são as passagens em nível que estão em situação crítica: "Sinalização deficiente ou inadequada; risco de acidentes; interferência no trânsito urbano; e outras irregularidades". São cerca de 12,4 mil passagens em nível em toda a malha. Dessas 2.503 foram tidas como críticas. Onze delas estão no Paraná, espalhadas em Paranaguá, Curitiba, Piraquara, Ponta Grossa, Londrina, Cambé e Goioxim. "Não temos poder de polícia, mas queremos chamar a atenção para essas situações que precisam ser resolvidas com a ajuda governo federal. Afinal, o setor gera dinheiro e tributos ao País, por isso merece esse retorno", afirma Vilaça.

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