Enfermeiras e técnicos da Secretaria Municipal da Saúde estão vacinando os 800 presidiários da Prisão Provisória do Ahú, em Curitiba, e os cerca de 250 funcionários do Complexo Penal, com doses contra a hepatite B, difteria e antitetânica. A medida preventiva, que vai continuar durante toda a semana até atingir a totalidade dos internos, também prevê doses contra rubéola e sarampo. O trabalho é executado em parceria com a Secretaria de Segurança Pública.
O diretor clínico do Complexo Penal, médico Fernando Fransolin Peres, explica que toda a população que vive confinada está sujeita a doenças. “Seguindo orientações do Ministério da Saúde, este procedimento é considerado normal. Não havia nenhum problema sanitário que preocupasse. Estamos apenas garantindo o direito de viver em sociedade para os internos”, afirmou.
Uma da vacinas mais importantes é a que combate a hepatite B. Em adultos, duas das formas de contágio são a relação sexual e o uso compartilhado de seringas. A promiscuidade pode levar a sérios riscos de contaminação. Os detentos receberão em breve uma segunda dose. “Vamos retornar no próximo mês para a aplicar a segunda dose da vacina, juntamente com a de sarampo e rubéola. Em abril, daremos a terceira dose”, explicou Sueli Jesus da Silva, médica e coordenadora da equipe de vacinação. Além da triagem das vacinas, os presos também estão recebendo uma carteira de vacinação e um kit de higiene, com sabonetes e creme dental.
O detento P.A.R, condenado a oito anos de prisão por homicídio, ressalta a importância do projeto. “É de grande valia ações como essa. Como não estamos em liberdade, temos dificuldade em ter acesso a serviços como esse”, disse.
Os internos também têm recebido outros tratamentos, como de diabetes e acompanhamento cardíaco. “Os presos erraram sim, mas eles têm esse direito e o Estado está contribuindo para o processo de socialização deles”, disse o subchefe de segurança do Ahú, Carlos Alberto Pereira.
Locais ? O programa de imunização dos detentos também vai se estender a outras penitenciárias e delegacias do Estado. “Vamos garantir o acesso ao direito social para todos os presos que estão cumprindo suas penas no Estado. Deixamos bem claro que eles não obrigados a isso, mas todos estão se conscientizando da importância de tomar as vacinas, de forma que isso evite futuros problemas ou contaminações”, assegurou Divonsir Taborda Mafra, coordenador do Departamento Penitenciário do Estado.
Técnicos da Secretaria Municipal de Piraquara já estão agilizando o processo e nos próximos dias já devem estar sendo realizadas as primeiras vacinações nas penitenciárias do município ? Penitenciária Central do Estado, Penitenciária Estadual de Piraquara, Colônia Penal Agrícola e Penitenciária Feminina, além do Complexo Médico Penal. Municípios como Londrina, Maringá, Cascavel e demais localidades que hospedam delegacias também devem receber o serviço nos próximos dias.
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