Foto: Fábio Matavelli/Diário dos Campos

A interdição ocorreu a pedido do Ministério Público em Ponta Grossa.

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O Instituto de Educação Professor César Pietro Martinez, em Ponta Grossa, será interditado a partir de segunda-feira. Laudos do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Vigilância Sanitária revelam que há vários problemas no local e há probabilidade de ocorrer um incêndio.

A rede elétrica é antiga e um curto-circuito poderia provocar uma tragédia. Segundo informações da Secretaria de Estado da Educação (Seed), os 1,5 mil estudantes serão transferidos para outras unidades, entre elas a Universidade Estadual de Ponta Grossa.

A interdição ocorreu a pedido do Ministério Público em Ponta Grossa. O local precisa passar por uma reforma urgente, mas até agora as obras não saíram do papel. Já foram feitas licitações, mas foram canceladas. Em fevereiro, o corredor principal da escola já havia sido interditado porque o forro poderia desabar sobre os alunos. Com isso, ao alunos ficaram com acesso a poucos banheiros.

Segundo o promotor da 10.ª Promotoria de Justiça, Carlos Alberto Baptista, há algum tempo o MP vem acompanhando a situação da escola. Como as reformas não foram feitas, ele decidiu pedir ao Corpo de Bombeiros, à Defesa Civil e à Vigilância Sanitária um laudo para verificar a segurança do local. Os documentos recomendaram que a escola fosse fechada e o MP pediu à Defesa Civil que tomasse as providências.

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O diretor de Operações da Defesa Civil, Edmir de Paula, disse que a rede elétrica é muita antiga e há muitos fios desencapados, podendo provocar um incêndio. Além disso, em cima do telhado foi colocado uma espécie de espuma, a fim de diminuir a quantidade de goteiras. O problema é que o material é altamente inflamável e poderia alastrar o fogo rapidamente.

Mas os problemas não param por aí. Em entrevistas anteriores, o diretor do colégio, Antônio José Júnior, disse que duas salas também haviam sido interditas, como o auditório. Os encanamentos antigos também davam problemas e tacos do chão viviam se descolando. O colégio foi construído em 1971 e nunca passou por uma reforma.

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Em fevereiro, quando o corredor foi interditado, a assessoria de imprensa da Seed havia informado que dentro de um mês iniciaria outro processo de licitação. Mas não ocorreu. Só no último dia 30 é que o governo autorizou a abertura do processo para a reforma do telhado que deve começar em 30 dias, com custo de cerca de R$ 1,5 milhão. Para a reforma de rede elétrica, hidráulica, entre outras melhorias, o edital de licitação deve ser aberto em junho. Os trabalhos começam em julho. A segunda parte de reforma está orçada em R$ 2 milhões.

Segundo a chefe do Núcleo Regional de Educação, Carmecita Ditzel, a transferência dos alunos já estava sendo programada devido a liberação da licitação e ao agravamento da situação do telhado por causa da chuva dos últimos dias. Ela ainda não havia recebido qualquer documento da Defesa Civil informando sobre a interdição na segunda-feira. Mas ao longo das semana os alunos já iriam ser transferidos para escolas da região e para a universidade. Será estudado na próxima semana a viabilidade para oferecer passe escolar para os alunos que morem longe na próxima semana.