Intercâmbio é opção para universitários

Por dois anos o hoje advogado Rafalel Razuk trocou as férias da universidade por um período de trabalho nos Estados Unidos. Ele participou de um programa de intercâmbio para jovens universitários, que permite a permanência por até cinco meses naquele país.

Para Razuk foi a melhor experiência que teve no período de estudante, pois pôde conviver com uma nova cultura e aprimorar o idioma. Agora ele lamenta estar formado e não continuar participando do programa. “Se não tivesse me formado, este ano iria novamente, pois tenho certeza que a experiência de me manter em outro país me ajudou a crescer”, comentou. No primeiro ano, Rafael trabalhou por quatro meses em uma estação de esqui, e depois viajou pela Califórnia. No ano seguinte, trabalhou em uma empresa de eventos em Los Angeles.

Já o acadêmico de Publicidade e Propaganda Guilherme Wadoufki está na expectativa de participar de um intercâmbio de trabalho pela primeira vez. “Eu gosto de viajar, conhecer novas pessoas. Será uma oportunidade profissional”, ponderou, garantindo que no Brasil está sentindo dificuldades de encontrar até mesmo um estágio. Guilherme já fez um intercâmbio estudantil para o Canadá, mas acredita que essa será uma experiência bem diferente. Ele já escolheu três opções de emprego – em uma empresa de eventos, em um resort e em uma loja de equipamentos para esqui. Só depois de selecionado vai decidir qual será a melhor opção.

Assim como Rafael e Guilherme, muitos outros universitários estão investindo nesse programa. Em Curitiba, cerca de 100 estudantes se inscreveram para participar de uma seleção que irá acontecer hoje na capital. Eles terão contato com representantes de onze empresas norte-americanas – de segmentos como restaurantes, hotéis, parques e resorts – que irão selecionar cerca de 150 universitários do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro para trabalhar na temporada americana.

Segundo o gerente de marketing da empresa Afi – que atua na área de intercâmbio -, Eduardo Heidemann, os empresários buscam mão-de-obra em outros países, entre os meses de novembro e abril, porque as férias dos jovens americanos acontecem em outro período. “Essa oportunidade é aberta por ser um período deficitário em termos de mão-de-obra nos Estados Unidos, pois não coincide com as férias da maioria dos estudantes de lá”, explicou.

Visto específico

O gerente disse ainda que o visto para essa categoria é específico, de intercâmbio, que permite trabalhar. Ele vale por no máximo cinco meses – quatro de trabalho e um como turista. A exigência por universitários é dos Estados Unidos, que querem evitar um canal de imigração. “Como são estudantes, têm um vínculo com o país e por isso retornam”, informou Heidemann.

O custo para quem quiser participar do intercâmbio varia entre US$ 1,55 mil e US$ 2,4 mil, incluindo passagens e seguro de vida. As promessas de ganhos mensais nos Estados Unidos giram em torno de US$ 700 e US$ 1,6 mil, para uma jornada de 30h a 40h semanais.

Serviço: A seleção dos estudantes universitários acontece hoje no Estação Conventional Center, das 8h30 às 13h30 para quem já fez a inscrição no programa, e das 13h30 às 15h30 para os que ainda desejam se inscrever. O custo da inscrição é de R$ 50. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 322-9959.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo