Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST ) fizeram, na manhã desta quarta-feira (8), um protesto em Curitiba pedindo por solução e atenção para as pessoas que precisam de moradia. Eles seguiram em marcha pela cidade rumo à prefeitura, onde foram recebidos pelo prefeito Gustavo Fruet depois de ocuparem o prédio.

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O grupo é formado por moradores das ocupações Nova Primavera, 29 de Março e Tiradentes, todas na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Um acampamento foi montado em frente à prefeitura e será mantido por tempo indeterminado no local.

Os manifestantes foram recebidos pelo prefeito Gustavo Fruet, para debater a situação da moradia em Curitiba. Os representantes foram prontos para propor encaminhamentos que auxiliem na solução desse grave problema social.

Quando chegaram ao prédio da prefeitura, os manifestantes ocuparam o local e ficaram por alguns minutos até serem recebidos pelo prefeito. O Secretário de Governo, Ricardo Mcdonald, conversou com as pessoas e uma reunião foi conseguida.

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Cerca de 10 representantes do MTST participaram da reunião com Fruet, que durou quase uma hora.Entre as reindicações do grupo estavam maior agilidade na regulamentação da Lei do Aluguel Social, sancionada desde julho de 2015, aumento dos recursos para habitação (hoje em menos de 1% do orçamento). Foi feita ainda uma denúncia sobre as ameaças de despejo de 800 famílias da Ocupação Tiradentes para a ampliação do lixão Essencis, na CIC. Os manifestantes apresentaram ainda a proposta feita pelo Ministério Público e pelo Governo do Estado para uma solução pacífica e negociada da Ocupação Tiradentes, cobrando mais pró-atividade da Prefeitura na solução habitacional para as famílias.

Diálogo

De acordo com a administração municipal, Fruet reafirmou a posição de promover o diálogo e buscar alternativar para evitar uma solução traumática. A Prefeitura informou que está acompanhando o caso nos últimos meses, por meio da Cohab e da Secretaria de Governo Municipal, em contato permanente com o Ministério Público, a Justiça e o governo do Estado – a quem cabe, por meio da Polícia Militar, executar a ordem judicial de desocupação, emitida em março.

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O prefeito explicou aos manifestantes que, por ser uma área particular, a administração tem limitações pra intervir, mas afirmou que, antes que seja tomada alguma providência, é preciso encontrar alternativas para as famílias que estão na área.

Em relação à regulamentação do aluguel social – uma das pautas do grupo -, Fruet explicou que há dificuldades em implementar o benefício neste momento em virtude da crise que o país atravessa. “O aluguel social requer orçamento permanente, do contrário não se sustenta”, disse.

Entre as alternativas possíveis – que dependem da análise de cada caso –, ele citou a concessão de auxílio- moradia, a inscrição na fila da Cohab e a busca de novas áreas. “Estamos agendando uma reunião com o ministro das Cidades para pedir o apoio do governo federal para o reforço da política habitacional em Curitiba, que já avançou muitos nos últimos três anos”, disse.

O Secretário de Governo, Ricardo Mcdonald, conversou com os envolvidos. Foto: Colaboração/190.