Cerca de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam ontem a Agropecuária Três Pontos, também conhecida como fazenda Café Piquirí, em Diamante do Oeste, na região Oeste do Paraná. Eles querem pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para acelerar o processo de assentamento das famílias. Eles estão acampados na região há dois anos.

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O trabalhadores rurais querem pressionar o Incra para que agilize o processo de reforma agrária na região. Há dois anos as famílias estão acampadas nos municípios de Matelândia, Missal e Santa Helena. Eles invadiram a fazenda Café Piquiri e pretendem começar a cultivar a área, que tem 600 alqueires.

Segundo a assessoria de imprensa do MST, os proprietários da área já teriam feito várias ofertas ao Incra para a venda da fazenda. Esta semana, os donos estariam se preparando para mais uma conversa. No entanto, segundo o Incra, não existe nenhum processo formalizado de compra da fazenda. De acordo com o órgão, existem hoje no Estado 70 processos de compra de área em vários estágios, inclusive alguns naquela região. Mas ainda não há uma data definida para o assentamento dos trabalhadores. De acordo com o Incra, a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Reforma Agrária, implantado há quatro anos, é assentar em 2007 duas mil famílias. Um balanço preliminar revela que até agora no Estado seis mil famílias ganharam terra para cultivar e outras sete mil aguardam em acampamentos.

Segundo informações divulgadas no último dia 11 pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) as invasões de terra crescerem 36,11% de 2005 para 2006 no Estado. Em 2005 haviam 36 propriedades invadidas e no ano passado o número pulou para 49. Os dados contestam o relatório da Ouvidoria Agrária Nacional, órgão do Ministério do Desenvolvimento Agrário, ligado ao Incra, que afirmava que as invasões haviam caído pela metade.

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