Instituição quer menos burocracia no terceiro setor

A Pastoral da Criança, criada pela médica sanitarista Zilda Arns, que morreu no início de 2010 no terremoto que devastou o Haiti, quer desburocratizar o terceiro setor no Brasil. Esse pedido foi feito ontem, por Nelson Arns Neumann, coordenador da Pastoral da Criança Internacional, ao governador Beto Richa e ao ex-governador de São Paulo, José Serra. Ambos visitaram, na tarde de ontem, a sede da instituição, em Curitiba.

Para o coordenador, questões burocráticas atrapalham o trabalho da Pastoral. “A digitalização de 320 mil notas fiscais de doações para o sistema de convênios do governo federal nos custou, em 2010, R$ 300 mil. Esse recurso poderia ter ajudado pelo menos 200 mil crianças durante um mês. Não precisamos de tanta burocracia”, afirmou Neumann.

Para o ex-governador de São Paulo, José Serra, a facilitação desse processo é essencial. “Falta legislação adequada para o terceiro setor no País. Devemos valorizar o trabalho da Pastoral, pois ela mudou o quadro da mortalidade infantil no Brasil”, afirmou o ex-governador.

O governador Beto Richa disse que, durante sua gestão, a Pastoral da Criança terá a atenção que merece. “Não mediremos esforços para ajudar. Trata-se de uma organização que faz um belo trabalho contra a mortalidade infantil”, garantiu o governador.

Apenas no terceiro trimestre de 2010, 182.474 crianças menores de 6 anos estavam sendo acompanhadas pela organização no Paraná. Durante o mesmo período, em âmbito nacional, a Pastoral atendeu mais de 1,5 milhão de crianças.

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