Ainda faltam cerca de 400 perícias para serem realizadas pelos médicos na gerência de Curitiba do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O baixo movimento dos últimos dias preocupou os funcionários da instituição, porque o prazo para que os segurados compareçam à agência e realizem o procedimento pela primeira vez termina na próxima terça-feira. Caso a perícia não seja realizada, os benefícios desses segurados serão indeferidos.
Para evitar o problema, os segurados terão que remarcar a perícia para uma data posterior, para que os benefícios continuem sendo liberados. O instituto confirmou que várias pessoas que já estavam com as perícias marcadas, não estão comparecendo. De acordo com a chefe de divisão de benefícios do INSS, Silvana do Rocio Ramos, do total de 20 perícias marcadas por médico diariamente, menos da metade acaba comparecendo ao local. “Pedimos que todos compareçam para que os procedimentos aconteçam normalmente. O movimento está normal e aqueles que vêm até aqui serão atendidos”, diz. “Já aqueles que não vierem ou não apresentarem atestados médicos podem ter que esperar ainda mais”, completa.
Normalidade
O presidente do Sindicato dos Médicos Peritos do Paraná, Chil Korper Zunsztern, afirma que os trabalhos continuam normalmente. Segundo ele, a proposta de atender o máximo de segurados possível por dia, determinada após a greve, continua. “Tudo segue tranqüilo. Desde o final da paralisação, nos propomos a atender um número maior de pacientes e estamos fazendo isso. Agora eles devem estar cientes de que, se não comparecerem, terão os benefícios interrompidos”, afirma.
Ao contrário da capital, as agências do interior não apresentam problemas com as perícias médicas. De acordo com a assessoria de imprensa do INSS, em Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel, os segurados estão aparecendo e as perícias estão sendo realizadas com boa freqüência.