INSS pára por 24 horas em Curitiba

Os servidores das seis agências do INSS de Curitiba estão de braços cruzados nesta quinta-feira (10). A paralização faz parte de um movimento nacional organizado pela Federação Nacional dos Servidores da Previdência.

As principais reivindicações dos trabalhadores são o reajuste salarial e melhoras nas condições de trabalho. Durante esta quinta, eles estarão reunidos na gerência executiva do INSS, na esquina das ruas João Negrão e XV de Novembro, para mostrar à população suas reivindicações.

As perícias médicas já agendadas estão sendo realizadas normalmente. Para informações sobre o funcionamento de outros serviços, o segurado pode ligar para o número da Previdência Social, o 135.

Greve Nacional

Ao total cerca de 35 mil funcionários do INSS paralisaram nesta quinta-feira (10) o atendimento ao público em agências e postos de todo país. A paralisação desta quinta será de 24 horas e terá caráter de advertência, mas se não houver negociação, existe um indicativo de greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 5 de agosto. Essa possibilidade será discutida pelos representantes dos sindicatos, em Brasília, neste fim de semana.

A categoria reivindica melhores condições de trabalho, contratação de novos funcionários, reajuste salarial, a reabertura de postos fechados e a abertura de novas agências, segundo um dos representantes do grupo de trabalho de negociação do INSS, Rolando Medeiros, presidente da Federação Nacional dos Servidores Públicos (Fenasp) e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência (Sinsprev) no estado do Rio de Janeiro. "É mais um alerta ao governo, em virtude de uma série de negociações que nós viemos realizando nos últimos anos, onde apresentamos uma pauta de revindicações, que não foi cumprida", afirmou Medeiros.

Dentro das reivindicações, a categoria avalia que existe uma falta de compromisso do governo em relação s condições de trabalho para os servidores e de atendimento para a população. "Eles também querem a abertura de novas agências e a reabertura de várias unidades do INSS, que foram fechadas sob a alegação de aluguéis caros, imóveis precários, que seriam reabertos em novos endereços, mas isso não ocorreu", explicou Medeiros.

A questão salarial também está sendo discutida na pauta de revindicações. De acordo com Medeiros, os servidores querem a equiparação dos salários entre ativos e aposentados, a readequação da carreira providenciária e que o governo não trate o servidores "somente numa relação produtivista, onde o servidor vai receber somente pela produção que ele fizer".

"Pegar o servidor, que trabalha 30 horas, e forçá-lo a trabalhar 40 horas, é dizer que não vai contratar novos servidores para atender o público, além de sobrecarregar os funcionários, que vão trabalhar mais e prestar um serviço de pior qualidade", afirmou Medeiros.

Ele completou afirmando que também há um déficit de funcionários. "Nos anos 1980 nós tínhamos 75 mil servidores no sistema integrado de previdência social, e hoje nós temos cerca de 35 mil servidores", disse Rolando Medeiros.

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