Inscrições ao vestibular para indígenas no Paraná vão até 21 de setembro

As inscrições ao sétimo Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná, abertas nesta segunda-feira (20), vão até o dia 21 de setembro, nas sedes das universidades que participam do projeto: as estaduais de Ponta Grossa, Londrina, Maringá, do Oeste, do Centro-Oeste e do Norte do Paraná.

As provas, segundo a professora Déa Maria Ferreira Silveira, da Comissão Universidade para os Índios, serão realizadas nos dias 16 e 17 de dezembro, em Guarapuava, na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

"Seis vagas suplementares são oferecidas nos cursos de graduação em cada uma das seis universidades públicas estaduais, disputadas exclusivamente entre os integrantes das comunidades indígenas do estado e há outras sete vagas nos cursos de graduação e técnicos de nível pós-médio, na Universidade Federal do Paraná, para estudantes indígenas de todo o país".

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior informa que esse sistema de reserva de vagas existe no Paraná desde 2002. Inicialmente, cada universidade pública destinava três vagas para estudantes indígenas. No ano passado, uma lei estadual ampliou para seis o número de vagas em cada instituição.

Neste ano, são 43 vagas, das quais sete para a universidade federal e seis para cada uma das instituições estaduais. Para a Federal concorrem candidatos de todo o país e para as estaduais, os nascidos em comunidades indígenas do Paraná.

Uma comissão da Fundação Nacional do Índio (Funai), ainda de acordo com a assessoria, percorrerá as comunidades para divulgar o concurso e fazer as inscrições. A Comissão Universidade para os Índios, formada por representantes das instituições envolvidas, é a responsável pela coordenação do vestibular. Os alunos recebem uma bolsa de R$ 350, da Secretaria estadual.

O Paraná, segundo a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação, não é o único estado que reserva vagas para índios. O sistema de cotas é adotado também em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rio Grande do Sul, Amazonas, Bahia, Curitiba, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal.

A Sesu informou ainda que embora não haja lei federal que defina a adoção de cotas para estudantes indígenas, todas as instituições públicas de educação superior do país vêm discutindo a implantação dessas cotas.

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