Curitiba inicia na próxima semana sua participação no Inquérito de Prevalência das Hepatites A, B e C, que está sendo feito em todo o País. Com o estudo será possível fazer um levantamento da quantidade e do tipo de pessoas que possuem a doença e, dessa forma, criar novas campanhas de prevenção e até desenvolver estudos para novos tipos de tratamento.
De acordo com a médica especialista em fígado da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenadora clínica do inquérito no Estado, Dominique Muzzillo, embora a doença seja de notificação obrigatória, muitos casos ainda passam despercebidos e, até hoje, não se tem a noção exata da quantidade de pessoas com hepatite no País. ?Com o inquérito vamos poder ter uma boa idéia da quantidade de casos de hepatite?, afirmou a médica.
Ela explicou ainda que o inquérito poderá orientar os especialistas sobre os motivos das contaminações e, desta forma, será possível informar melhor a população sobre os meios de prevenção. Durante a pesquisa, agentes de saúde irão às residências previamente sorteadas pela Prefeitura de Curitiba, aplicarão um questionário e colherão sangue das crianças na faixa etária dos cinco aos 13 anos, e dos adolescentes e adultos na faixa dos 20 aos 69 anos. No Paraná, quatro mil pessoas deverão ser examinadas. O sorteio das famílias foi feito com base em comunidades epidemiológicas.
A médica e coordenadora da pesquisa em Curitiba, Lucimar Bozza Ferreira, explicou que é importante saber também onde ocorre em maior número determinado tipo da doença. ?Com o inquérito é possível fazer um planejamento melhor dos programas de prevenção?, comentou.