O início dos cursos profissionalizantes para presos da Colonia Penal Agroindustiral – CPAI, em Piraquara, que começaria hoje (24), foi transferido para quarta-feira (26). A secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, estará presente na abertura dos cursos às 9h.
Cem presos do regime semiaberto aprenderão as profissões de carpinteiro, eletricista, pedreiro e encanador. Os cursos resultam de parceria entre a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, o Serviço Nacional da Indústria (Senai) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon).
Eles fazem parte de um conjunto de medidas que vêm sendo adotadas pelo Estado para diminuir a reincidência criminal e promover a reintegração socioeconômica de detentos.
Atualmente, no Paraná, 647 presos do regime semiaberto fazem trabalho externo em 40 empresas cooperadas. “Vamos investir cada vez mais para ampliar as oportunidades para os detentos, porque entendemos que é preciso quebrar barreiras, vencer o preconceito e reintegrar, definitivamente, o ex-preso ao convívio social”, disse a secretária Maria Tereza Uille Gomes.
Segundo ela, aprendizado e trabalho são importantes ferramentas para o tratamento penal e dar uma chance de trabalho a quem está cumprindo ou já cumpriu sua pena é um gesto de humanidade. “Todos ganham com esta ação – o preso, o governo e a sociedade”, afirma.
Na CPAI, que é uma das 24 unidades subordinadas à Secretaria da Justiça, são 25 vagas distribuídas nos quatro cursos. Cada parceiro do projeto responsabilizou-se por uma ação: o Senai vai ministrar as aulas e fornecer os certificados; o Sinduscon, além de financiar os cursos, oferece apoio institucional e a possibilidade de emprego após a capacitação; e à secretaria caberá supervisionar as aulas e ofertar os materiais necessários.
Os cursos estão sendo organizados pela Assessoria de Planejamento e Projetos da Secretaria da Justiça e pela coordenação do Programa de Qualificação Profissional da Escola de Educação em Direitos Humanos/Departamento Penitenciário do Paraná.
Têm carga horária de 160 horas e deverão terminar na primeira semana de dezembro. Serão realizados na própria Colônia Penal, em dependências equipadas com os recursos necessários para o aprendizado, em aulas práticas e teóricas.