Iniciativa do Conselho de Segurança (Conseg) do Água Verde pretende mobilizar moradores do bairro em uma tarefa simples que garante a sustentabilidade do meio ambiente: o descarte correto do óleo de cozinha. Ontem foi instalado no Edifício Itaiapolis o primeiro contêiner para arrecadar o material.

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Quando jogado na pia, o óleo de cozinha vai para o esgoto e polui rios, riachos, córregos e o solo. Outro agravante é que a decomposição do óleo vegetal gera gás metano, um dos principais causadores do efeito estufa. Visando reduzir esses danos, o Conseg do Água Verde pretende instalar contêineres nos principais condomínios do bairro e conscientizar os moradores da importância do descarte correto.

O presidente do Conseg do Água Verde, Paulo Roberto Goldbau Santos, explica que os moradores deverão colocar o óleo vegetal em garrafas pets e levar até o contêiner. Quinzenalmente a quantidade arrecadada será coletada. “A cada oito litros de óleo vamos fornecer um litro de detergente para o condomínio. Estamos negociando também com uma empresa que transforma o óleo de cozinha em ração animal e vai pagar R$ 0,40 a cada litro”, conta.

Segurança

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O dinheiro obtido será investido em projetos de segurança. “Vamos distribuir questionários para a comunidade, com o objetivo de elaborar uma pesquisa sobre segurança pública e entregar cartilha com orientações para evitar assaltos e com os principais telefones de segurança”, revela Santos. De início serão colocados quatro contêineres. “A intenção é instalar nos principais condomínios e estender também para restaurantes, panificadoras e outros segmentos que usam óleo com frequência”, explica.

“Queremos chamar a atenção das autoridades para as nossas necessidades de segurança e, para isso, quanto mais gente envolvida melhor. E para chamar a comunidade é preciso propor ações, para que as pessoas sintam-se envolvidas”, reforça.

Mais investimentos na segurança da comunidade

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O conselheiro do Edifício Itaiapolis, José Batista de França, conta que a iniciativa foi bem aceita pelo condomínio. “Na verdade, a síndica tentou implantar o sistema para arrecadação do óleo de cozinha, mas o problema era a coleta. Quando o Conseg tocou no assunto, abraçamos a ideia”, revela. “Já tivemos problemas na rede de esgoto pelo acúmulo de óleo”, relata. Para ele, “é interessante também é que parte da renda será revertida para melhorar a segurança”. “Nosso bairro realmente carece de segurança, é um dos bairros mais violentos em termos de roubos de carro e à mão armada”, finaliza.