Vinte e quatro alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão inscritos no Programa de Recursos Humanos (PRH) da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Os estudantes formularam projetos inovadores na área da indústria petrolífera, inclusive com a aquisição de algumas patentes internacionais. As pesquisas foram apresentadas ontem durante o 4.º Encontro do Programa de Recursos Humanos em Petróleo e Gás Natural da UFPR.
Segundo Haroldo de Araújo Ponte, coordenador do programa na universidade, são projetos que mudam totalmente a exploração de petróleo: “Nós produzimos o petróleo pesado, que não pode ser processado totalmente porque destrói as unidades, devido à corrosão. Um dos projetos cria um sistema de avaliação da corrosão, o que permitirá processar esses petróleos. Poderemos produzir quantidades maiores do que muitos países”, afirma.
Outra pesquisa desenvolvida na universidade está relacionada com os investimentos internos de equipamentos, tubulações e unidades para resolver o problema da corrosão do petróleo pesado. “Isso gera a otimização dos processos e também visa a atender um pedido do governo federal para aumentar a capacidade de processamento do petróleo pesado”, explica Ponte. “São projetos de extrema competência internacional”.
O PRH oferece bolsas para pessoas que possam contribuir para o desenvolvimento da indústria do petróleo no Brasil. De acordo com Raimar van den Bylarrdt, coordenador geral do Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico da ANP, as bolsas não são disponibilizadas apenas no quesito beneficiente. O objetivo é manter a exclusividade de dedicação dos estudantes. O programa abrange 16 estados brasileiros, e as instituições de ensino são escolhidas pelos cursos de especialização com visão estratégica para a indústria de petróleo. “A intenção é formar pessoas para todos os ciclos da indústria, como o Direito do Petróleo, Economia do Petróleo, Química e Mecânica”, enumera.
Inscrição livre
Ponte conta que os estudantes interessados podem se inscrever abertamente, sem a necessidade de pesquisas já formuladas. Depois de seleções, o escolhido integra o sistema, que abrange a graduação e a pós-graduação. Os alunos da especialização são os que partem para a elaboração de projetos na área, que acompanham três linhas: refino, monitoração de combustíveis e novas matérias. Futuramente haverá também a linha para a área ambiental.