Índios xetás lutam contra extinção

Tentar reagrupar os poucos remanescentes da raça e evitar o desaparecimento total da cultura e hábitos. Essa é a intenção de seis índios do povo Xetá, espécie praticamente extinta no Brasil, que estão reunidos este final de semana no Centro Indígena Juan Diego, em Guarapuava, região central do Estado.

A idéia é promover a convivência entre os últimos sobreviventes e discutir com o governo do Estado soluções para recuperação da cultura. Os seis índios, que estão espalhados pelo Paraná, São Paulo e Santa Catarina, querem também terra para que possam se reunir novamente.

Os Xetás foram expulsos das suas terras, na região de Umuarama, na década de 1950. Na época, suas terras foram desapropriadas e vendidas aos fazendeiros do café. Muitos índios foram mortos. Os que sobrevivem hoje são descendentes dos fugitivos. ?Nós batalhamos para ter nossa terra de volta. Puros, somos seis. Mas já temos quase 90 descendentes?, contou o Tiquen Xetá, que atualmente é policial militar. Tiquen está se aposentando e agora promete se empenhar na causa da demarcação da terra. Ele contou que o governo do Estado se prontificou a ajudar e está negociando uma área. ?Eles também vão participar do encontro?, afirmou.

A terra que os remanescentes da tribo querem é em Serra Dourada, a 20 quilômetros de Umuarama. Tiquen afirmou que todos os índios estão dispostos a se mudar porque hoje dependem de terras de outras tribos para sobreviver. Os Xetás não são encontrados originalmente em outros estados e não se tem notícia da etnia no mundo. Eles têm algumas características peculiares que os diferenciavam de todos os outros grupos indígenas do Estado, como a língua, que hoje é falada por apenas três índios.

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