Índios protestam e impedem instalação de usina no norte

Após passarem três dias acampados no terreno onde seria construída uma recicladora de chumbo em Mauá da Serra, região norte do Estado, índios que vivem na reserva do Apucaraninha, nas proximidades, conseguiram que os proprietários se comprometessem a abandonar o local e não mais construir a usina.

A promessa foi formalizada em documento, que segundo o presidente da ONG Movimentos Populares Nacional e Internacional no Brasil (Mopnib), Jurandir Rosa, já está reconhecido em cartório.

Pelo termo firmado entre as duas partes, os proprietários se comprometem a retirar todas as instalações do que seria a usina até o dia 30 de janeiro do ano que vem. No local, há um barracão e maquinários que serviriam para o funcionamento da usina.

A recicladora não chegou a entrar em operação por impedimento judicial, e também pelo cancelamento por parte da Prefeitura de Mauá da Serra, do alvará que permitia a instalação.

O presidente da ONG afirma que os proprietários serão monitorados pelos índios e também pela organização a fim de assegurar a completa saída do terreno. ?Se não cumprirem o prazo de retirada, os índios prometem voltar para o local e protestar novamente?, avisa Rosa.

Segundo ele, se saísse do papel, a usina recicladora de chumbo poderia contaminar rios no entorno que abastecem uma população de mais de dois milhões de pessoas.

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que já havia dado licença prévia à instalação da usina no ano passado, informou quando do cancelamento do alvará que, com o anúncio da revogação municipal, automaticamente o licenciamento ambiental anteriormente concedido também fica suspenso.

 
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