Índios permanecem na sede da Sesai, em Curitiba

Os índios que ocupam a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), no Centro de Curitiba, desde a manhã desta quarta-feira (14), decidiram permanecer no local após reunião com representantes da secretaria. A manifestação ocorre simultaneamente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Cerca de 50 pessoas de aldeias do interior do Paraná estão no prédio. Na tarde de hoje, a reunião com representantes da Sesai não foi considerada positiva para os índios, segundo o cacique Dirceu Pereira Santiago. “Nenhum dos pedidos foi atendido”, ressalta. Ficou definido que o secretário Antônio Alves de Souza analisará as reivindicações e dará uma resposta na manhã desta quinta-feira (15).

Os índios querem que uma comissão seja enviada à Brasília para uma reunião com o Ministério Público Federal, a fim de discutir formas de melhorar o atendimento de saúde. Somente após essa confirmação, pretendem deixar a Sesai. “Queremos passagens para seis representantes indígenas. Devemos receber essa resposta amanhã”, diz o cacique.

A principal queixa dos índios diz respeito ao atendimento de saúde. Segundo o cacique, a equipe que atende atualmente vai diminuir. Uma ONG paulista passará a prestar o serviço e as lideranças acreditam que isso prejudicará o atendimento. Caso os pedidos não sejam atendidos, os índios pretendem continuar a mobilização. “Estamos em cima. Vamos aumentar o movimento em todo o Paraná”, diz Santiago.

Em nota, a Sesai afirmou que os convênios foram feitos antes da transição da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a Sesai e serão finalizados em 31 de outubro. Ainda segundo a nota, a secretaria informa que os novos convênios, a partir de 1º de novembro, pretendem melhorar a qualidade da saúde indígena.

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