Cerca de 60 índios das etnias guarani, kaigangue e xetá ocupam a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) na Rua Clotário Portugal, região central de Curitiba, desde às 11 horas desta terça-feira (12). O protesto – que acontece nacionalmente – é contra o decreto 7056, assinado em dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Pelo decreto, nove das 45 unidades administrativas regionais no país serão fechadas, entre elas a de Curitiba. A reforma também prevê a redução do número de postos avançados na entrada das aldeias.

De acordo com a presidente da Ong Aldeia Brasil, Sandra Terena, um grupo está reunido hoje em Brasília com representantes da Funai para discutir sobre o decreto. Sandra afirma que os índios que ocupam a sede de Curitiba esperam o resultado das negociações para desocupar o prédio. Além da capital, no Estado existem sedes da Funai em Guarapuava, Londrina e Paranaguá.

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Outra manifestação contra o decreto reúne aproximadamente 2 mil índios desde às 14 horas em dois pontos da BR-373, no Sudoeste do Estado. Um dos grupos se concentra nas proximidades da ponte sobre o Rio Iguaçu em Chopinzinho e o outro protesto acontece no entroncamento com a PR-281 – estrada que faz a ligação com o município de Mangueirinha.

Os índios da Aldeia Mangueirinha bloqueiam os dois pontos da rodovia e pretendem permanecer no local até às 19 horas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há registro de congestionamentos.

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Segundo Julio Rodrigues, que participa do protesto, a intenção é que a manifestação aconteça ainda nesta quarta (13) e quinta-feira (14). “Amanhã vamos fechar a rodovia no período da tarde e na quinta pretendemos bloquear durante 24 horas”.