Índios invadem usina da Copel no interior

Um grupo de índios caigangues da Reserva Apucaraninha invadiu, no último domingo, uma usina hidrelétrica da Companhia de Energia (Copel) do Paraná no município de Tamarana, no norte do estado. Os indígenas reivindicam uma indenização por danos ambientais causados pela hidrelétrica, que fica dentro da reserva. Dois funcionários que estavam trabalhando no local estão impedidos de sair da área operacional da usina. Eles deveriam ter sido substituídos na manhã de ontem, mas, de acordo com a companhia, têm condições de permanecer no local por mais alguns dias. Mesmo assim a Copel já pediu ajuda à Procuradoria Geral do estado para liberar os funcionários. Apesar da invasão, a produção de energia não foi interrompida.

A usina, com capacidade de gerar 9,5 megawatts (que pode abastecer uma cidade de 30 mil habitantes), foi construída antes mesmo da criação da Copel, no início da década de 1950, e acabou incorporada à companhia anos mais tarde. Em 2002, os índios entraram com uma ação na Justiça pedindo indenização por problemas causados pela hidrelétrica. A Fundação Nacional do Índio (Funai) entrou nas negociações e pediu um estudo de quanto seria a indenização. Já a Copel contratou outra empresa e também realizou um levantamento. A discrepância entre os dois valores (que não foram divulgados) causou um impasse, e o caso foi parar na 6.ª Câmara do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, que arbitra o caso.

Segundo a assessoria de imprensa da Copel, a empresa viu com surpresa a ação dos índios, e tem todo o interesse em resolver a situação o mais rapidamente possível. Já os índios querem a presença de um diretor da empresa para a negociação. Representantes do MPF em Londrina estão intermediando as negociações e conseguiram acertar uma reunião para a manhã de hoje. 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo