Acordo

Índios deixam polo base da Funasa em Londrina

Três dias após invadir e manter acampamento no polo base da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de Londrina, os cerca de 25 índios da aldeia Barão de Antonina, que fica em São Jerônimo da Serra, deixaram as dependências do órgão, por volta das 16h30 de ontem.

Os indígenas reivindicavam, entre outros serviços de assistência social, um veículo que seria usado para fazer o transporte em serviços de saúde. Os indígenas deixaram o polo base depois de receber garantias do coordenador regional da Funasa no Paraná, Rômulo Cruz, durante a reunião intermediada pelo Ministério Público Federal (MPF).

Ele teria se disposto a entregar o veículo requisitado pelos manifestantes na terça feira. Além disso, o MPF marcou uma nova reunião, onde os índios poderão expor os demais serviços assistenciais apontados como falhos.

Para o coordenador regional da Funasa, a reunião de ontem foi positiva, já que, para ele, os manifestantes foram ponderados. “A reunião foi vantajosa. Os líderes tiveram a sensibilidade em entender que o nosso papel é sempre estar ao lado da comunidade indígena e nem todos os problemas podem ser resolvidos imediatamente”, afirmou.

A chefe de Serviços de Assistência da Fundação Nacional do Índio (Funai), Irma Basso, afirma que houve uma satisfação por parte dos manifestantes com a possibilidade da assinatura de um termo de acordo de cooperação entre os órgãos. “Isso visa garantir que os serviços de saúde cheguem até a população indígena”, afirma.

Irma ressalta que há um movimento receptivo dos indígenas quanto a um posicionamento da Funasa. “Os índios voltaram para a aldeia numa demonstração clara de que eles querem negociar”.

Segundo Irma, além do problema de transporte, a comunidade indígena estaria tendo problemas com o fornecimento de medicamentos. “Após a reunião, que também contou com representantes da Defensoria Pública da União, entendemos que o fornecedor não está sendo pago pela Funasa”, comenta.

Outro problema, segundo Irma, é o Cartão de Combustível também cedido pela Funasa – que se encontra bloqueado. “O representante da Funasa não soube explicar o porquê desse bloqueio”, afirma.

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