Índios aguardam definição sobre terreno

A Companhia de Habitação (Cohab) de Curitiba afirmou ontem que vai tentar assinar em 30 dias o termo de comodato com a Fundação Nacional do Índio (Funai), que prevê a doação de uma área de 44 mil metros quadrados, no Tatuquara, que será destinada à moradia de cerca de 100 índios caigangues. A promessa foi feita durante uma reunião entre membros da diretoria da Cohab e da Funai e representantes dos índios. A reunião foi agendada depois que os caigangues invadiram o terreno na semana passada e só deixaram o local após abrir em um canal de negociação.

?Eles ficaram de conversar com o presidente da Cohab, Mounir Chaowiche, para assinar o comodato. E falaram que vão tentar fazer isso em um mês. Nós precisamos desse documento para que a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) possa construir as 23 casas que já estão liberadas no orçamento de 2007, para que a Secretaria de Saúde possa construir o posto de saúde e a de Educação a escola?, explicou o vice-cacique, Alcino de Almeida. Apesar das promessas, Almeida disse que os índios não saíram muito otimistas da reunião. ?Já faz muito tempo que estamos esperando essa assinatura?, reclamou.

Teresa de Oliveira, da Cohab.

A diretora de planejamento da Cohab, Teresa de Oliveira, afirmou que o desafio agora é angariar recursos para a construção das casas e da infra-estrutura do local. Durante a reunião ficou decidido que o plano de assentamento dos índios vai ser incluído em um pacote de projetos, que vai ser enviado ao governo federal esta semana.

Entretanto, não há prazo, já que a verba precisa ser negociada. Os índios estão acampados em uma área no Camboí, no Uberaba. Eles reclamam que lá não tem escola para todas as crianças e que estão sendo ameaçados por vizinhos. ?Nós estamos morando lá de forma precária. E semana passada eles nos prometeram segurança e ninguém da polícia apareceu no final de semana?, reclamou o cacique Carlos Luiz dos Santos. Os membros da prefeitura presentes na reunião afirmaram que vão tentar disponibilizar transporte para que as crianças possam ir para escolas longe das área onde estão morando.

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