Está controlada a situação no prédio da sede regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no centro de Curitiba, invadido no início da noite de terça-feira (27) por indígenas. Os manifestantes continuam no local, mas liberaram dois diretores da fundação como condição para negociar com a diretoria.
Ao todo, 70 índios das etnias Guarani e Caingangue mantêm reféns 100 funcionários da instituição e também alguns servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde e do Banco de dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS), que funcionam no mesmo prédio.
O coordenador regional da Funasa , Vinícius Reali Paraná, e alguns diretores foram liberados por volta das 22 horas de ontem. Mas, passaram a madrugada negociando com os índios, que concordaram em desocupar o local, em 12 horas, com a condição que o presidente da Funasa chegue a Curitiba para discutir as reivindicações.
Os índios pedem a atualização do repasse de recursos destinados à saúde para a Associação de Defesa do Meio-Ambiente de Reimer ? organização não-governamental que cuida do atendimento médico das reservas indígenas do Paraná. Além disso, exigem a reativação do contrato com uma empresa de transporte responsável por levar crianças e doentes para consultas fora das aldeias.
Segundo o cacique Caingangue Neoli Olibio, desde fevereiro a associação não recebe verbas. Ele disse que vários contatos foram feitos com a Funasa, em Brasília, mas não houve solução. Assim, os indígenas decidiram invadir o prédio, de forma pacífica. As negociações devem ser retomadas nesta quarta (28).
