Os 800 trabalhadores rurais sem terra que vieram do norte do Paraná para Curitiba na intenção de pedir o assentamento de suas famílias receberam a visita do superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Paraná, Nilton Bezerra Guedes, na manhã de ontem. Os manifestantes permaneceram no Ginásio do Tarumã até o final da tarde, quando voltaram para suas cidades de origem.
Ao fim da reunião, os agricultores saíram otimistas. Das oito áreas que foram apontadas para desapropriação, seis já foram vistoriadas pelo Incra e estão em processo final de análise dos laudos.
Os agricultores pediram também escolas itinerantes, lonas plásticas para os acampamentos e cestas básicas. A assessoria de imprensa do Incra informou que repassaria a solicitação das escolas para o governo estadual e os pedidos de lonas e cestas básicas para o Ministério de Desenvolvimento Social, que auxilia o Incra nessa logística de apoio aos acampados.
“Conseguimos um avanço muito importante nos nossos pedidos e saímos com a certeza de que seremos atendidos”, afirma Cláudio Fernandes, que se disse um dos coordenadores da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Porém, a assessoria de imprensa da Contag, em Brasília, garante que os manifestantes não são da entidade. Eles informaram que distribuem camisetas, bonés e bandeiras em ações da confederação e que, em outras situações, integrantes de sindicatos não filiados às federações já utilizaram esse material para declarar que fazem parte da Contag.