Funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em greve no Paraná desde a última quinta-feira, marcaram para o dia 1.º de junho, às 10h, uma assembléia pública na frente do prédio do órgão, na Rua Doutor Faivre. Ontem, as lideranças do movimento grevista fizeram uma assembléia com os aposentados da categoria, que confirmaram o apoio na luta por melhores salários, com a incorporação das gratificações nos salários-bases e equiparação salarial com o quadro do Ibama.
Os grevistas alegam que exercem funções semelhantes, porém com salários menores. Para os aposentados, a reivindicação é para a aposentadoria com o valor integral de salários e gratificações. Outro pedido da categoria é a valorização do órgão, com o fornecimento de melhor estrutura logística e aumento no quadro de pessoal.
Segundo a presidente da Associação dos Funcionários do Incra, Irene Neves, o objetivo da assembléia na frente do prédio é participar, regionalmente, do grande movimento que acontece em Brasília, no mesmo dia e horário. ?As lideranças em Brasília vão se concentrar na Esplanada dos Ministérios, com o intuito de sensibilizar o governo e acelerar o atendimento às reivindicações da categoria?, diz Irene. Em outras localidades do Brasil, a paralisação está perto de completar um mês.
Responsáveis pelo assentamento de trabalhadores rurais, bem como distribuição de cestas-básicas aos assentados, o Incra têm o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na luta. ?Eles sabem que precisamos de mais funcionários para atendê-los melhor. Só até o final do ano, o Incra aqui no Paraná terá que trabalhar no assentamento de 9 mil famílias. Só temos 140 funcionários, o que dificulta o trabalho?, diz Irene.
