Um incêndio de grandes proporções atingiu ontem o prédio da Galeria Esperanza, em Ciudad del Este, no Paraguai, divisa com Foz do Iguaçu. O fogo, possivelmente causado por um curto-circuito, começou no quinto andar do edifício, no início da manhã, e mobilizou voluntários e bombeiros de Foz, da Itaipu Binacional e outras cidades vizinhas. Não houve feridos.

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Algumas paredes externas da galeria foram destruídas pelo fogo e os bombeiros não descartam a possibilidade de desabamento de todo o prédio, que estaria com a estrutura comprometida. Até o final da tarde de ontem, o incêndio estava controlado, mas não extinto.

Havia grande quantidade de mercadorias armazenadas na galeria, o que dificultou ainda mais o combate ao fogo. A operação inicialmente se concentrou em evitar que as chamas se espalhassem para os edifícios vizinhos. Conforme noticiou o diário paraguaio Ultima Hora, uma área com raio de cerca de 500 metros em torno do prédio teve que ser isolada pela polícia local para evitar possíveis saques na região.

A fumaça gerada pelo incêndio cobriu boa parte do centro da cidade e chegou a impedir que os bombeiros entrassem no prédio. De acordo com o capitão Odair Gouveia, do Corpo de Bombeiros de Foz, o acesso ao foco do incêndio também foi dificultado porque há apenas uma pequena escada que leva ao local.

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O capitão informou ainda que alguns bombeiros chegaram a apresentar leves intoxicações por causa da fumaça, bastante tóxica por se originar da queima de plástico. O Corpo de Bombeiros de Foz do Iguaçu disponibilizou para a operação 25 homens e seis viaturas. Conforme Gouveia, o apoio faz parte de uma “política de boa vizinhança” mantida com os paraguaios de Ciudad del Este.

Alvará

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De acordo com informações do site do jornal paraguaio ABC Color, o prédio da Galeria Esperanza não tinha alvará definitivo da prefeitura da cidade. O edifício é de propriedade do comerciante de origem libanesa Hussein Hijazi, que também é dono da Galeria Jebai Center. A prefeita do município, Sandra McLeod de Zacarías, declarou ao jornal que apenas um dos andares estava de acordo com a maioria das normas de prevenção de incêndios.

A prefeita aproveitou para avisar aos comerciantes que o município – que recentemente apertou a fiscalização em edifícios – procurará proteger a integridade dos consumidores e das pessoas que trabalham nos edifícios e continuará interditando prédios que não cumprirem os requisitos de segurança.