O aumento da frota de veículos em Curitiba, aliado a imprudência dos motoristas, são responsáveis pelo crescimento do número de acidentes, feridos e mortos, ano após ano na cidade. Isso é comprovado pelo relatório parcial do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) divulgado ontem. No ano passado, o BPTran atendeu nas ruas da capital, 18.591 acidentes. São 1.588 a mais que em 2002. Em termos de ocorrências graves, em 2002 foram 7.857 feridos e 77 óbitos, enquanto que em 2003, 9.755 feridos e 87 mortos.
O relatório final sobre os acidentes em Curitiba só vai ficar pronto na próxima semana. Ele vai apontar as causas mais comuns dos acidentes e quem são as principais vítimas no trânsito. Mas a relações públicas do BPTran, Débora Cristina Scremin, afirma, de antemão, que os acidentes ocorrem geralmente por causa da imprudência dos motoristas, que dirigem embriagados e, em alta velocidade.
Uma prova disso são as ruas campeãs em acidentes. Elas não apresentam problemas na pista e são bem sinalizadas, inclusive com semáforos. Os três cruzamentos da cidade onde mais ocorreram colisões e atropelamentos, até outubro de 2003, foram Mariano Torres com Sete de Setembro (34 acidentes), Silva Jardim com Conselheiro Laurindo (28) e João Chede com José Rodrigues (23), na Cidade Industrial. ?O problema é o motorista, que não respeita a sinalização?, comenta Débora.
Para tentar diminuir os acidentes, o BPTran têm intensificado as ações educativas para os motoristas e também nas escolas. ?As crianças são estimuladas a colaborar e cobram dos pais o respeito à sinalização?, explica Débora. Além disso, tornam-se adultos mais conscientes sobre a responsabilidade que é dirigir.
Lições
Nos acidentes sem vítima, nos quais os veículos estão atrapalhando o trânsito, os carros devem ser retirados do local. Quando houver vítima, o motorista precisa avaliar se a pessoa ferida corre risco de vida ficando na pista por causa de atropelamentos ou dentro do carro, correndo risco de explosão. Nesses casos, é preciso removê-la. Os carros também devem ser retirados da pista se houver a possibilidade de novos acidentes. Quando houver morte, os carros e a vítima só devem ser removidos caso haja o risco de novos acidentes. Tanto o Siate quanto o BPTran podem ser acionados pelo telefone 190.