O Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar), autarquia ligada à Secretaria de Estado da Educação (Seed), espera marcar uma reunião nos próximos dias com a Secretaria Municipal de Educação de Curitiba para discutir a situação do Colégio Estadual Pedro Macedo e da Escola Municipal Presidente Pedrosa. Ambos ocupam o mesmo terreno, pertencente ao Estado, no bairro Portão. Existem projetos para alterar a disposição das escolas dentro desse espaço, o que está sendo analisado pelo governo do Estado e pela Prefeitura.
O colégio estadual, inaugurado há 50 anos, sofreu a primeira cisão quando foi construída a via rápida do Portão. Metade ficou de um lado da rua e metade no outro. Com a municipalização do ensino fundamental de 1.ª a 4.ª séries, em 2000, um dos três blocos do colégio (em frente a Avenida República Argentina) foi transformado em escola municipal. Os outros dois, separados pela via rápida, passaram a ser utilizados pelo Estado. O acesso entre essas duas áreas é feito por meio de um túnel para pedestres embaixo da rápida.
Edilaine Regina Triani, diretora geral do Colégio Pedro Macedo, explica que alunos e professores precisam trocar de salas de aula e ir para o intervalo por meio do túnel. Quando chove muito forte, a passagem fica alagada e ainda sofre com infiltrações da rede de esgoto. Além disso, a parte do outro lado da via expressa não possui muros e telas de proteção em toda a sua extensão. Isso facilita a ação de vândalos em feriados e finais de semana. ?À noite, essas salas ficam fechadas por questão de segurança?, afirma.
A Fundepar e a Secretaria Municipal de Educação acordaram, na gestão anterior, que a escola do município seria transferida para a área depois da via rápida, com um acesso independente. Isso também melhoraria a saída das crianças, que hoje precisam enfrentar o perigo dos carros e dos ônibus expressos na Avenida República Argentina. Sandra Turra, presidente da Fundepar, revela que a autarquia e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) formularam em conjunto projetos, já prontos, para as obras. Segundo a arquiteta da Fundepar, Olívia Martins Murara, o espaço onde a escola municipal seria instalada teria o prédio atual demolido e um outro construído conforme os padrões da Prefeitura, com 12 salas. O Colégio Estadual Pedro Macedo, em um terreno só, seria totalmente reformulado.
Sandra informa que somente a obra do Estado custaria R$ 1,9 milhão, sendo que 40% desse valor seria destinado à aquisição de equipamentos. A área para a nova escola municipal seria cedida pelo governo estadual. Ela conta que fez contato com a secretaria municipal há um mês e espera marcar uma reunião nos próximos dias. ?A Prefeitura está discutindo seu orçamento plurianual e espero que a construção desta escola esteja inclusa. Não conseguimos fazer nada sem isso. Também não há previsão no orçamento estadual para a reforma da escola ainda neste ano. Do jeito que está, o Estado fica mal acomodado?, comenta. O próximo passo seria colocar as obras no orçamento, revisar todos os pontos dos projetos (inclusive a remoção dos alunos) e realizar a licitação.
A Secretaria Municipal de Educação, por meio de assessoria de imprensa, comunicou que está em negociação com a Seed e analisa a conformidade do espaço físico para melhor atender as crianças da primeira fase do ensino fundamental.