Um impasse entre a direção da pré-escola Atubinha, em Colombo, e o prefeito J. Camargo (PPS), pode deixar 319 crianças sem aulas no ano que vem. Desde 1981, a escola funciona mediante um convênio com a Prefeitura, que cede parte do quadro de funcionários. Apesar de ser uma instituição particular, o baixo valor da mensalidade, R$ 35, faz com que ela atenda a camada mais carente da população. Porém, ao assumir o comando do município este ano, Camargo comunicou que, devido ao rigor da Lei de Responsabilidade Fiscal, não poderia manter o convênio.
?Como não havia um convênio formalizado e não é legal manter funcionários públicos trabalhando em instituições particulares, chamamos a direção e informamos que, a partir de dezembro, não cederemos mais os funcionários?, diz o prefeito. Segundo ele, porém, a Prefeitura de Colombo ofereceu duas saídas para que a escola continue com as portas abertas.
?Sugerimos assumir a escola e torná-la municipal, ou repassar uma subvenção equivalente aos gastos com os funcionários?, assegura o prefeito. Ele diz que em duas outras escolas da cidade, que funcionavam nos mesmos moldes de convênio, foi feito o acordo de repasse.
Na escola, a versão é de que a solução da questão está próxima. ?Esperamos um pronunciamento da Prefeitura em breve. Não temos a intenção de fechar. Só que se perdemos os funcionários, teremos que majorar as mensalidades para contratação de novos?, diz irmã Leopolda, da diretoria.
Pais
Preocupados com o andamento do caso, já que as rematrículas para 2006 não foram abertas, os pais dos alunos se uniram para tentar a melhor solução para o caso. Após uma conversa com o prefeito, na manhã de ontem, eles se reuniram na Câmara dos Vereadores, na tentativa de sensibilizar a classe política. ?A Prefeitura diz que não dá para ceder funcionários, mas isso acontece desde 1981. Tem que haver bom senso?, diz Tiago Lovatel Boeira, líder do movimento dos pais.
