Foto: Prefeitura de Maringá/Divulgação

Sistema faz separação dos resíduos e carrinheiros temem falta de trabalho.

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Um novo sistema de tratamento do lixo implantado em Maringá, noroeste do Estado, vem gerando polêmica na cidade.

Desde o começo do ano, a Prefeitura e o consórcio Biopuster vêm utilizando um sistema de separação e tratamento de resíduos sólidos.

Contudo, algumas associações de catadores de papel e cooperativas reclamam que não foram consultadas sobre o impacto na vida econômica de quem depende de materiais recicláveis para sobreviver.

Trata-se de um sistema que faz a separação e tratamento do lixo antes de destiná-lo ao aterro. Mas o coordenador da Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho (Unitrabalho), professor Márcio Rocha, teme pelos catadores: ?Nos preocupa a possibilidade desses trabalhadores não disporem da matéria-prima que precisam para trabalhar?.

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A Prefeitura defende-se, informando, por meio de sua assessoria de imprensa, que convocou todas as cooperativas para reuniões. No entanto, não teria existido interesse por parte de algumas delas em participar do consórcio.

Ontem, foi realizada uma audiência pública para apresentar os resultados e as próximas ações do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos (PGRSU). Na ocasião, o secretário de Meio Ambiente e Agricultura, Diniz Afonso, destacou as vantagens do sistema.

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?Tínhamos um lixão a céu aberto. Hoje transformamos em um aterro controlado, além de implantamos um programa de coleta seletiva e intensificar o trabalho com as cooperativas.?

A expectativa é que o sistema trate, num prazo de três anos, os cerca de 1,8 milhão de metros cúbicos de resíduos que o aterro recebeu ao longo dos últimos 34 anos.