Professores que tiveram problemas na inscrição do Processo Seletivo Simplificado (PSS) realizaram ontem uma mobilização em frente a Secretaria de Estado da Educação (Seed).
Eles não concordam com o argumento do órgão de que, na inscrição para o PSS, os professores prejudicados não preencheram os campos de tempo de serviço e licenciatura de maneira correta.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) continua com a posição de que houve indução ao erro. Uma reunião entre as partes foi realizada no final da manhã de ontem, mas não houve evolução para um acordo.
A Seed informou, no encontro promovido anteontem com uma comissão de educadores, que o cronograma para contratação dos professores selecionados pelo PSS continua mantido. Eles devem ser contratados na semana que vem, pois as aulas recomeçam em fevereiro na rede estadual de ensino.
Luiz Carlos Paixão, diretor estadual de Imprensa da APP-Sindicato, participou da reunião de ontem e disse que a entidade novamente apresentou os problemas na classificação dos candidatos, mas a Seed continuou com o mesmo posicionamento. “O sistema induziu os professores ao erro. Profissionais de 10 a 20 anos de profissão vão ficar sem emprego no início do ano por causa disso”, afirma.
Na reunião de ontem, no entanto, Arnaldo Moreira de Matos, chefe do Grupo de Recursos Humanos da Seed, disse que foi apresentada aos professores a página de inscrição disponibilizada aos candidatos na época.
“Fizemos algumas simulações para poder mostrar que o sistema não tinha fragilidade e tampouco induzia ao erro. Um professor participou e percebeu que ele mesmo tinha errado anteriormente”, afirma.
Mandado
Na quinta-feira, a APP-Sindicato entrou na Justiça com um mandado de segurança para impedir que o PSS tenha continuidade. O caso também foi levado ao Ministério Público. “Existem acadêmicos na frente de professores licenciados na classificação”, comentou Paixão.
De acordo com Áurea de Brito Santana, secretária de Assistência Jurídica do APP-Sindicato, o mandado pede a correção dos erros que os candidatos cometeram.
“Além disso, foi comprovado que houve erro no sistema, pois a página ficava caindo toda hora, o que prejudicou a inscrição”, afirma. A previsão é que o mandado seja analisado pela Justiça no início da próxima semana.