A Prefeitura de Toledo e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) firmaram acordo na segunda-feira para que o Instituto Médico Legal (IML) da cidade volte a operar ainda no início do mês que vem. Ficou decidido que o Estado arcará com a administração do prédio, bem como aluguel e despesas com parte do quadro de funcionários, além do fornecimento imediato de uma geladeira ao IML do município, que estava sem condições de conservar os corpos desde março do ano passado. O IML de Toledo está de portas fechadas há nove dias à espera do acordo.
A parceria determinou que ficará por conta da prefeitura o pagamento apenas de mais um funcionário e um médico legista, completando o quadro de pessoal. "A gente entende que o Estado tem dificuldades pela falta de efetivo. Temos de ser parceiros para fazer com que o IML continue funcionando", conclui o prefeito José Carlos Schiavinato. Na semana passada, o município propôs que o Estado, além de assumir a administração do IML, disponibilizasse investimentos de R$ 100 mil em qualquer setor para viabilizar o acordo. Mas a proposta não surtiu efeito: "Não aceitamos barganha deste tipo. O governo do Paraná já investiu mais de R$ 60 milhões em obras na região", considerou o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.
Já o prefeito de Toledo justifica que não se tratava de uma barganha, mas apenas de uma proposta para cobrir os gastos com pessoal de exatos R$ 100 mil durante o ano de 2005. "Em nove anos, o município fez investimentos de R$ 1,1 milhão no Instituto Médico-Legal. A proposta era para que conseguíssemos cobrir as despesas do ano passado, mas a partir de agora já diminuímos nossa participação nos recursos."
De acordo com Schiavinato, durante este ano o Estado irá se programar para assumir integralmente o IML de Toledo já a partir de 2007. A administração dos IMLs em todos os municípios do Estado é de responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública, mas em Toledo um convênio fez com que a prefeitura arcasse com boa parte das despesas do instituto durante os últimos nove anos.