Uma imagem com a Polícia Militar realizando uma ação com funcionários da limpeza de Curitiba gerou muita discussão, nesta quarta-feira (10), nas redes sociais. Na foto, agasalhos de moradores de rua são jogados em um caminhão de lixo. Por meio de uma nota, publicada no Facebook, a Prefeitura de Curitiba deu a sua versão dos fatos:

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Confira a nota da Prefeitura de Curitiba:

A Prefeitura de Curitiba esclarece que toda a abordagem a pessoas em situação de rua é coordenada pela Fundação de Ação Social (FAS) e foi um equívoco as equipes da FAS não terem sido comunicadas pela Polícia Militar do objetivo da ação na rua XV de Novembro.

A Prefeitura reforça que não ordenou a medida, mas que atendeu a um pedido da Polícia Militar do Paraná para empréstimo de um caminhão da limpeza pública para retirada de lixo na região central da cidade. Em nenhum momento foi informado que a ação envolveria pessoas em situação de rua.

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A remoção de pertences de pessoas em situação de rua é uma ação contrária à política de direitos humanos e assistência social do município de Curitiba que não deve se repetir.

Casos de obstrução de via pública podem, eventualmente, ser objeto de ações de remoção e limpeza, mas sempre se observando o componente humano em primeiro lugar, especialmente quando estão envolvidas pessoas em situação de vulnerabilidade ou risco social.

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Com respeito as pessoas em situação de rua que se concentram na Rua XV de Novembro, a Prefeitura de Curitiba informa que realiza diariamente o trabalho de abordagem social no sentido de convencer essas pessoas a aceitar o serviço e serem encaminhadas a uma unidade de atendimento, em que podem se alimentar, fazer sua higiene, pernoitar e buscar agasalhos e cobertores que as protejam do frio. Qualquer cidadão pode acionar o serviço de abordagem social pela Central 156. O serviço funciona 24 horas por dia em todas as regiões da cidade. A Prefeitura não pode, entretanto, interferir no direito constitucional do cidadão de permanecer no local em que se encontra quando esta é sua vontade.

Quanto a doações (de colchões, roupas e alimentos), ressaltamos que, apesar do gesto de solidariedade, quanto feitas diretamente reforçam o vínculo da pessoa com a rua, quando o objetivo do atendimento social é maior: de promover em primeiro lugar a retirada da pessoa da situação de risco, mas também o resgate de vínculos familiares ou o encaminhamento para outros serviços públicos, como atendimento de saúde e moradia, por exemplo.

Quem desejar efetuar doações deve fazê-lo pelo Disque Solidariedade (que recebe móveis, colchões e eletrodomésticos, entre outros), acionado pela Central 156. Agasalhos, calçados e cobertores podem ser entregues nas centenas de pontos de coleta da campanha Doe Calor (endereços disponíveis no www.doecalor.com.br). Todas as doações são repassadas a famílias, unidades de acolhimento da Fundação de Ação Social (FAS) ou entidades sociais devidamente referenciadas nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade.

Segundo a Polícia Militar, comerciantes e populares pediram que o material fosse recolhido. De acordo com a assessoria, a policiais militares faziam um patrulhamento pelo Centro de Curitiba e foram abordados por comerciantes e populares que solicitaram a limpeza do “lixo” espalhado pela região.