Igreja Católica constata falta de padres

A Igreja Católica está celebrando o mês vocacional. A escolha da data vem de 1981, durante a 19.ª Conferência da CNBB, quando o País passava por um momento de ?crise de vocações?. Atualmente com uma população de mais de 2,7 milhões de pessoas, perto de 1,9 milhão (71%) de católicos e 165 mil sem uma religião, a Região Metropolitana de Curitiba, com 157 paróquias, conta com o trabalho de apenas 572 padres. Analisando esta situação, o coordenador da Arquidiocese de Curitiba, padre João Maria Stech, afirma que ?a Igreja ainda precisa de mais padres?.

A média de um padre para cada quase cinco mil pessoas preocupa o padre João, que também é coordenador paranaense da CNBB. ?Um dos grandes conflitos que percebo nos jovens é que eles estão muito envolvidos com os atrativos que o mundo oferece?, diz.

Junto à diocese de Curitiba, o padre João Stech realiza um trabalho de ?despertar as vocações?. Ele conta que são muitos os jovens que procuram encontrar uma vocação, mas poucos são os que permanecem. ?Estamos vivendo agora uma primavera vocacional. Muitos jovens e pessoas até com uma certa idade nos procuram, mas são poucos os que ingressam. É difícil, a gente se engana muito?, explica.

Antes de ingressar no seminário, o jovem que decide ir atrás de sua vocação passa por algumas etapas: a formação de leigos; a pastoral vocacional, onde se descobre se a vocação é de fato se tornar padre por meio de acompanhamento personalizado, convivência, entrevistas mensais, visita à família; só depois é que é encaminhado aos seminários. No seminário a formação também é gradativa: o equivalente ao segundo grau é feito durante o Seminário Menor; a segunda etapa é o Seminário de Filosofia; em seguida quatro anos de Teologia, sendo que no quarto ano o jovem é ordenado padre e, depois de um ano, torna-se padre, podendo atuar nas igrejas ou seminários, casas de formação, hospitais.

Decisão

Sidnei Marques, de 37 anos, é o único filho homem e encontrou sua vocação há quatro anos. Ele está no segundo ano de Filosofia. ?Desde a infância tenho a lembrança desse sentimento. A gente passa por tribulações, mas estou bastante convicto?, afirma. Sidnei antes era professor de Matemática do Estado, segundo ele, foi durante essa experiência que ouviu o ?chamado?.

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