O Dia Nacional e Internacional do Idoso será na próxima segunda-feira. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Síntese de Indicadores Sociais, elaborada com base na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). Segundo o estudo, no Brasil é evidente ?o crescimento da população idosa, que alcançou 19 milhões (10% da total) de pessoas de 60 anos ou mais?. No Paraná, como aponta a pesquisa, do total de 10,41 milhões de paranaenses, 9,8% têm 60 anos ou mais, ou seja, mais de um milhão de pessoas.
Quanto ao nível de instrução dos idosos, os dados revelam que ?melhora a cada ano e a tendência é que esse processo continue?. No entanto, no País, 33,5% dos mais de 19 milhões de idosos não têm um ano de instrução. No Paraná, esse grau de instrução representa 28,7% dos mais de um milhão de idosos. Já os que têm mais de nove anos de estudo representam, no Brasil, 14,4%; e, no Paraná, 12,4%.
De acordo com os indicadores, ?a participação ativa dos idosos na sociedade e sua permanência no mercado de trabalho ajudam a minimizar a discriminação e conseqüente marginalização e isolamentos aos quais, muitas vezes, os idosos são submetidos?.
Os dados revelados ontem mostram que, no País, 57,1% das pessoas com 60 anos ou mais são aposentadas e, no Paraná, esse total é praticamente o mesmo, 57,4%. Porém, o IBGE revela que o total de idosos ocupados no Brasil na época da amostra, era de 30,9%. Entre os homens, 28,9% eram aposentados, mas continuavam ocupados. Já no Paraná, o único dado em relação à ocupação é o de que de um total de quase 5,5 milhões de pessoas com mais de dez anos no mercado de trabalho, 4,4% têm 60 anos ou mais.
Sobre o rendimento médio das pessoas na terceira idade em 2006, a pesquisa revela que, no Brasil, 12,4% viviam com menos de meio salário mínimo e 23,4% com mais de dois; no Paraná, as proporções eram, respectivamente, 8,8% e 25,4%.
Domicílios
Outro dado relevante da síntese dos indicadores é em relação à posição dos idosos nos domicílios. No Brasil, 64% das pessoas com mais de 60 anos são pessoas de referência na residência em questão; no Paraná, esse total é de 65,1%. Sobre essa condição nos domicílios, a presidente do Conselho Estadual do Idoso do Paraná (Cedi-PR), Shirley Scremin, afirma que não é muito positiva. ?Notamos que o idoso, em muitos lares, ainda é arrimo de família, ou seja, responsável único pelo sustento da casa. Isso é uma situação social crítica porque se o idoso morrer, quem vai se responsabilizar por isso? Nesses casos o idoso tem o dinheiro, mas não tem o poder e, por isso, acaba sendo violado?, comenta Shirley. É por isso, segundo ela, ?que o idoso deve ser visto com olhos de políticas públicas?. Para o Dia do Idoso, Shirley afirma que ?temos que envelhecer com cidadania e batalhar pelo nosso futuro?.
