Idosos ainda não viajam gratuitamente de ônibus

Os idosos que decidiram viajar no feriadão tiveram uma surpresa desagradável ao tentar embarcar gratuitamente em ônibus que fazem viagens interestaduais na Rodoferroviária de Curitiba. A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) conseguiu, na noite de quarta-feira, uma tutela antecipada que interrompe, aos menos temporariamente, o cumprimento do Decreto 5.934/2006, publicado no Diário Oficial da União do dia 19 de outubro.

A partir do decreto, em cumprimento ao Estatuto do Idoso, as empresas de transporte interestaduais rodoviários, ferroviários e aquaviários ficam obrigadas a reservar ao menos dois lugares nos veículos para que pessoas com mais de sessenta anos e com renda igual ou inferior a dois salários mínimos, possam viajar de graça. E uma vez preenchidas essas vagas, é obrigatório o desconto de 50%, no mínimo, no valor das passagens, para os idosos nas mesmas condições financeiras.

Alegando prazo curto para se adequar à lei, as empresas entraram com pedido de suspensão temporária e em apenas treze dias conseguiram se livrar do cumprimento da lei, justamente na véspera do feriado de Finados. A Abrati foi procurada pela reportagem para comentar a situação, porém por ser feriado, não teve expediente na entidade, cuja sede fica em Brasília.

Passageiros

Zilda Santos Prado foi uma das viajantes que foram surpreendidas com a suspensão do benefício. ?Ontem (quarta-feira) minha filha veio retirar a passagem, mas pediram para que nós trouxéssemos um comprovante de renda. Hoje chegamos aqui e já não estava mais valendo?, disse Zilda. Por sorte, ela estava prevenida e conseguiu comprar o bilhete para Registro (SP), que custa R$ 26,70. ?Vamos ver como isso vai ficar. É uma lei importante?.

A mesma sorte de Zilda não teve Adelino da Silva, de 69 anos. Sem dinheiro no bolso, não conseguiu a passagem para visitar a filha na cidade de Cajati, também no interior de São Paulo. ?Vim de Quatro Barras para conseguir a passagem e chegando aqui, vi que não estava mais valendo. É uma pena?, lamentou Silva.

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