A morte da idosa Rosália Martins Machado, 93 anos, no último domingo (27), em Paranaguá, no Litoral do Paraná, está sendo investigada pela Polícia Civil. A família alega que uma queda de uma maca causou traumatismo craniano que levou ao óbito.
Rosália havia recebido alta no dia 23 de fevereiro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paranaguá, após se recuperar de infecção urinária. O motorista da ambulância a levou para a casa, e quando a transportava com uma maca já dentro da residência, a idosa bateu a cabeça e caiu de uma altura aproximada de 1,5 metro.
LEIA TAMBÉM:
>> Júri popular da morte da youtuber Isabelly vai começar quatro anos após crime no litoral
>> Golpe no Nota Paraná? Governo alerta pra mensagens falsas com premiações
A filha Ana Lúcia Machado acompanhou toda a cena e acredita que era preciso levá-la novamente para um atendimento clínico após a queda. “Minha mãe era tudo. E morrer com uma pancada na cabeça não está sendo fácil. Ela bateu a cabeça e foi para o chão. Não era para ele levar para a UPA novamente?”, questiona a filha.
Dois dias depois, Rosália apresentou dificuldades de fala, memória e com marcas na cabeça e no corpo devido à queda. Foi encaminhada ao Hospital Regional do Litoral já em estado grave. A idosa acabou morrendo no domingo. De acordo com o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), uma queda provocou traumatismo craniano com hemorragia intracraniana.
Motorista afastado
A Secretária Municipal de Paranaguá abriu sindicância quanto ao caso e afastou temporariamente o motorista da função. Em entrevista para a RPC, Geanfrank Tambosetti, coordenador da Sala de Situação da Secretaria de Saúde, relata que o motorista poderia estar sozinho na ocorrência, sem a necessidade de ter um apoio de uma pessoa da área da saúde. “Ela estava de alta e não havia essa demanda de serviço para outro sistema de saúde. Basta que o motorista leve o paciente para residência”, disse Tambosetti.
Ainda segundo o coordenador, o motorista admitiu que ocorreu uma queda, mas que isso não teria resultado no traumatismo craniano. “Não desconsideramos os relatos da família e do nosso funcionário. Tudo isso precisa ser levantado da melhor forma possível para não ter injustiça”, completou Tambosetti.
A Polícia Civil trabalha no caso e investiga quanto a obrigatoriedade de ter mais profissionais no auxílio ao motorista da ambulância e se pode apontar algum culpado quanto a morte da idosa “Que não aconteça com mais pessoas o que aconteceu com a minha mãe”, desabafou a filha.