Aos 107 anos, Etelvina Maynardes Lopes, fez na última terça-feira, cirurgia de catarata no olho direito. A cirurgia foi realizada no Instituto de Oftalmologia de Curitiba (IOC) pelo médico Luiz Geraldo Simões de Assis. Ivone Lopes Camanha, de 75 anos, filha da paciente, diz que sua mãe está passando bem. “Ela não está sentindo dores, só está um pouco quietinha, nem está reclamando”, conta Ivone.
De acordo com o médico Luiz Geraldo Simões de Assis, a cirurgia foi inédita no instituto, pois a paciente tinha catarata e glaucoma, e de pleno sucesso. A operação foi feita, segundo ele, por meio da técnica de faco-emulsificação, com anestesia por gotas de colírio e sem a necessidade de pontos. “O cardiologista da paciente só liberou a cirurgia nessas condições”, conta o oftalmologista.
Segundo o médico, foi tomada uma série de cuidados durante a cirurgia, entre elas a presença do cardiologista, por se tratar de uma paciente tão idosa. Ele disse que todos da equipe estão muito satisfeitos com o resultado. “Foi gratificante operar alguém que já passou por três séculos”, comemora o médico.
Ivone contou que Etelvina estava muito triste e aflita por não conseguir enxergar. “Ela só via vultos”, conta. Ela revelou ainda que há dois anos sua mãe ia se operar, mas isso não aconteceu porque a paciente estava com muito medo. O cirurgião afirma que Etelvina teve melhoras e que já estará usando óculos nos próximos quinze dias.
Livro ajuda paciente a conhecer os olhos
Doenças oculares quando não são tratadas corretamente podem levar à cegueira. Para ajudar a desmistificar as principais patologias que ocorrem nos olhos, o oftalmologista Fábio Ceccon Silva lançou nesta semana o livro Seus olhos. Segundo Ceccon, quanto mais informação o paciente tem sobre seu problema, maior a possibilidade de cura e controle, pois estará evitando situações ou medicações inadequadas para sua saúde ocular.
Entre as doenças mais comuns que atinge a população o médico relata a catarata. Está enfermidade atinge pessoas com mais de 50 anos de idade e é responsável pela opacificação do cristalino, que é a lente natural do olho. As pessoas que têm catarata passam a ver o mundo embaçado. É possível observar uma mancha esbranquiçada ou acinzentada no olho doente. A única forma de tratar a doença é a cirurgia. “Hoje 30% da população do Paraná é atingida por está patologia”, afirma Silva.
No livro, além da catarata são descritas para o público leigo várias outras doenças entres elas a conjuntivite, glaucoma, diabetes, hipertensão arterial, cirurgias de miopia e uso de lentes. Parte da venda da obra, que pode ser encontrado no Centro Paranaense de Oftalmologia, no Centro de Tratamento Oftalmológico e em diversas livrarias da cidade, vai ser doada ao Instituto Paranaense de Cegos