Deve ser retomada, na manhã de hoje, a operação de içamento da proa do navio Vicuña, no Porto de Paranaguá. Ontem, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) suspendeu os trabalhos de retirada do navio para evitar novo vazamento. Como ainda há óleo na casa de máquinas da embarcação e também combustível, a retirada precisa ser feita no período da manhã devido à instabilidade climática.
De acordo com Rasca Rodrigues, presidente do IAP, têm sido registrados geralmente ventos fortes e chuva em Paranaguá depois das 14h. Caso haja um novo vazamento, o trabalho de retenção da mancha ficaria prejudicado pela chuva e vento.
Ontem, o trabalho de retirada atrasou porque rompeu uma corrente na primeira tentativa de retirada da proa. Além disso, o IAP decidiu suspender a operação porque ainda não está ajustado o local de envio da carcaça do navio. "Ainda há possibilidade de vazamento e, caso os restos do navio sejam levados para o solo sem algum tipo de impermeabilização, pode haver contaminação", explicou o presidente do IAP.
A empresa responsável pela retirada do Vicuña terá de providenciar uma área adequada para colocar a carcaça do navio ou terá de deixar os restos na barcaça devidamente protegida, que está na baía. Os restos do navio ficariam lá, até todo o combustível decantar, disse Rodrigues.
Calcula-se que sejam necessários mais 60 dias para a conclusão dos trabalhos. Os restos do Vicuña serão levados para Pontal do Paraná onde serão recortados, subdivididos e transportados pela Gerdau, que comprou o material para reutilizá-lo. (SR)
