Curitiba ganhou 30.684 novos habitantes este ano. Com isso, a população da capital paranaense chegou a 1.828.092 pessoas. Em 2007 eram 1.797.408. O aumento de um ano para outro foi de 1,7%, o quinto maior acréscimo em todo o País.
Curitiba continua sendo a sétima cidade mais populosa do Brasil, perdendo para São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza e Belo Horizonte. Já o Paraná é o 6.º estado mais populoso, com 10.590.169 habitantes, perdendo para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. Os dados são da estimativa populacional dos municípios em 1.º de julho de 2008, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo um levantamento informal feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese), se continuar nesse ritmo, em 2013 serão dois milhões de pessoas vivendo em Curitiba.
Para os especialistas, o crescimento da população curitibana está dentro do esperado. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) fez praticamente a mesma projeção de crescimento antes da divulgação da pesquisa do IBGE.
“Erramos por 1.150 pessoas”, revelou o chefe do setor de Banco de Dados do Ippuc, Lourival Peyerl. A sua análise dá conta de que a população da capital paranaense pode estar crescendo em números absolutos, mas não em proporção. “Se compararmos com a década de 80 e 90, quando crescíamos uma média de 5% ao ano, em Curitiba tudo está dentro da normalidade”, comentou.
Peyerl lembra ainda que há cerca de quatro anos chegou-se a prever que em 2013 os municípios da Região Metropolitana de Curitiba cresceriam mais em número de habitantes do que a própria capital.
“Claro que em alguns municípios registramos índices altos de crescimento, mas o que podemos ver é que ainda temos cerca de um milhão e 430 mil pessoas na Região Metropolitana”, afirmou.
O arquiteto, especialista em Gestão Urbana e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Fábio Duarte, explica que é muito importante comparar o ritmo de crescimento da Região Metropolitana e da capital. Segundo ele, se o crescimento populacional de Curitiba é maior do que o da Região Metropolitana, isso é bom.
“Indica que a classe média está com mais poder aquisitivo e tem mais condições de viver legalmente em Curitiba, já que a capital é mais cara do que as outras cidades”, comentou.
Para ele, porém, a taxa de crescimento de um ano para outro não deveria passar de 1,4%. “Estamos em uma posição confortável ainda, mas se a maior parte das cidades tendem a decrescer e Curitiba está com índices maiores do que em outras cidades, então é preciso se preocupar um pouco”, analisou.