O trabalhos de contenção do óleo combustível derramado na Baía de Paranaguá entram hoje no terceiro dia. Ontem, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) entrou em contato com o Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Pontal do Sul, solicitando ajuda no levantamento dos prejuízos causados pelo acidente.

O diretor da instituição, professor Eduardo Marone, confirmou a solicitação do IAP e aguarda a coleta de amostras de todos os organismos que podem ter sido contaminados com o vazamento. “Aceitamos o pedido do IAP e estamos aguardando o levantamento que os técnicos do instituto estão fazendo para que possamos ajudar no trabalho de análise dos organismos”, diz.

Ainda não há registro de mamíferos, peixes ou aves afetadas pelo óleo. De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), esse o levantamento sobre os danos totais deve demorar alguns dias.

Mancha

O responsável pelo escritório regional do IAP, Sebastião Garcia de Carvalho, disse ontem que a mancha havia se dispersado, diminuindo os riscos de outros danos ambientais. O volume total do óleo derramado, porém, ainda não foi oficialmente divulgado. “Não podemos apresentar dados ou quantificar o volume, pois não temos provas. Então, estamos trabalhando agora na contenção do restante do óleo, que já está bem disperso”, ressaltou Sebastião.

Na água, a mancha de óleo forma uma película, impedindo trocas gasosas e oxigenação. Por ser altamente tóxico, fauna e flora marítima da região poderão ser afetadas, como áreas de mangue e animais que buscam alimentos na água. A mancha atingiu cerca de cinco quilômetros de extensão chegando até a ponta oeste da Ilha do Mel. Ilha das Cobras, Paiaçaguara e Cooatinga também foram afetadas.

Nota

A empresa LM Serviços Técnicos Especializados Ltda., de Paranaguá, contratada pela Transpetro/Petrobrás disponibilizou ontem um comunicado à imprensa, explicando a posição dela sobre o vazamento ocorrido na madrugada de terça-feira. De acordo com a nota, o navio Sardegna, agenciado pela InterOcean, solicitou abastecimento de 850 toneladas de óleo, encomendando vazão de bombeio de 200 toneladas por hora e pressão de bombeio de 3 quilogramas força por centímetro quadrado. Por cautela operacional, destaca o comunicado, a empresa operou o abastecimento com vazão de 189 toneladas por hora e pressão de 2,5 quilogramas força por centímetro quadrado.

A nota também ressalta que o acidente foi comunicado à Petrobras, à Capitania dos Portos, à Defesa Civil, à Agência Nacional de Petróleo (ANP), ao Ibama e ao IAP, assim que foi constatado o vazamento do óleo.

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