Das 230 lixeiras instaladas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) no litoral do Estado, 90 já foram roubadas, sendo mais da metade só no município de Matinhos. Os suportes para os sacos plásticos são de metal galvanizado e isso tem atraído a atenção dos ladrões. Para a população ficou o prejuízo de R$ 5 mil e o inconveniente de ter que andar pela areia suja da praia.
O projeto Nossa Praia é Limpeza – implantado pelo IAP -não vem dando muito certo. As lixeiras instaladas na areia de todas as praias para que os veranistas possam jogar o lixo estão sumindo. O IAP constatou o problema depois que a população começou a ligar pedindo que fossem instaladas mais unidades. Boa parte das 150 colocadas em Matinhos, Pontal do Paraná e em Guaratuba haviam sumido. O IAP instalou mais 80 e de todas essas só sobraram 140.
Segundo a coordenadora do projeto, Adriana Ferreira, as lixeiras que pesam cerca de sete quilos e são feitas de metal galvanizado possuem um bom valor de mercado. Para ela, o material deve estar sendo vendido em ferros-velhos.
Adriana comenta que, no ano passado, houve apenas três furtos. As pessoas começaram a roubar o material porque pensavam que era de alumínio, mas depois que descobriam que se tratava de metal, que possui um valor menor, desistiam da idéia. No entanto, para esta temporada, o IAP resolveu galvanizar o metal para que ficasse mais resistente. Com isso, acabou agregando valor ao produto e as lixeiras acabaram virando alvo de ladrões. ?Vamos ter que encontrar uma solução para a próxima temporada?, comenta Adriana.
Por enquanto, o prejuízo que já chega a R$ 5 mil fica com a população. Além do dinheiro, os veranistas também acabam encontrando a praia suja. O lixo atrai insetos e causa mau cheiro. Durante a noite, a maré sobe e os detritos também acabam indo parar dentro da água.
Adriana diz que a população pode colaborar denunciando as pessoas que estão cometendo os roubos. As pessoas podem ligar para a Força Verde da Polícia Militar (08006430304) e para o IAP (9107-3160). Além disto, a polícia deve começar a percorrer os ferros-velhos para identificar as pessoas que estão comprando os materiais e chegar aos ladrões.
De 19 de dezembro até 31 de janeiro já foram recolhidos, em todo o litoral, cerca de 10 mil toneladas de lixo domiciliar, 6% a mais do que no mesmo período da última temporada.