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O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues, recuou e estendeu por mais 60 dias o prazo para o depósito de lixo hospitalar na vala séptica da Cidade Industrial de Curitiba. A data limite para o uso do lugar expirou no dia 25 de janeiro e, na última quarta-feira, Rasca havia decidido fechar o local. A nova medida foi tomada ontem, após reunião com representantes da Prefeitura de Curitiba e outros geradores de lixo.

Rasca havia resolvido fechar a vala séptica porque a data para o uso do lugar havia expirado e o IAP não tinha recebido nenhum documento dos geradores de lixo sobre o destino que dariam aos materiais e nem quem faria a coleta. O prazo havia sido estipulado pelo Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado entre IAP, Ministério Público, Prefeitura de Curitiba e geradores de resíduos.

Mas, na última quinta-feira, a Prefeitura de Curitiba formalizou um pedido para a prorrogação do prazo e apresentou informações sobre o local. Os técnicos do IAP avaliaram os dados e deram parecer favorável à continuidade do uso. Além dos 60 dias, há a possibilidade de prorrogação por mais 30 dias. Mas a medida não deve ser para todos os geradores. "Eles terão que comprovar que realmente não tiveram condições de se adequar", diz Rasca.

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"O IAP não tem interesse em criar qualquer tipo de impasse. O que não podemos é manter a vala aberta e ignorar a contaminação da área e o passivo ambiental que ela representa", alega o presidente do IAP. Segundo ele, a decisão foi tomada apenas para que outros locais não se tornem depósitos ilegais de lixo infectante.

Rasca estava preocupado porque hoje apenas uma empresa tem condições para dar o destino correto para o lixo e a capacidade de atendimento é de 10 toneladas. No entanto, na vala eram depositadas cerca de 14 toneladas. Segundo o supervisor de controle ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Pedro Pelanda, o problema já está sendo resolvido. Até o final do prazo, mais duas empresas devem entrar em operação.

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Hospitais

Os hospitais e outros geradores de resíduos hospitalares não gostaram das medidas. Eles querem uma co-responsabilidade do município. "Os estabelecimentos não tem condições de absorver sozinhos os custos disso", afirma o presidente da Federação dos Hospitais (Fehospar), José Francisco Schiavon. Os hospitais querem receber uma compensação financeira, uma vez que o Sistema Único de Saúde (SUS) repassa valores insuficientes para cobrir os procedimentos médicos. Segundo ele, será tentado agendar uma reunião com o Executivo municipal para discutir o problema.