IAP realiza fiscalização ambiental por satélite

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apresentou ontem os primeiros resultados sobre a devastação da cobertura florestal no Estado obtidos pelo sistema de monitoramento com satélite.

De março a setembro de 2007, foram detectados 103 pontos de desmatamento na região Centro-Sul, com 36 propriedades fiscalizadas e 18 autuadas. O total de multas aplicadas até agora é de R$ 50 mil e a idéia é alcançar a ?impunidade zero?. As áreas prioritárias são Guarapuava, União da Vitória e Pato Branco.

O sistema, operacionalizado pelo Laboratório de Inventário Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sobrepõe imagens de satélite para identificar alterações nas florestas e tem capacidade para detectar desmates a partir de 900 metros quadrados.

Até julho, o IAP espera identificar as irregularidades a partir de 7 metros quadrados, o que equivaleria a uma árvore arrancada. ?Essa medida vai intimidar quem corta árvores contra a legislação, apostando na impunidade?, afirmou o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

Deixar de depender de dados de organizações não-governamentais ou do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Impe) é uma das vantagens destacadas pelo presidente do IAP, Vitor Hugo Burko. ?É um programa inédito no Brasil pela sua amplitude e eficiência. Dentro de pouco tempo, será possível zerar o desmate irregular no Paraná?, apostou.

O novo método de detecção do desmatamento deve acabar com a estratégia da ?serraria móvel?, que não deixa vestígios do desmatamento quando fiscais chegam para a autuação. Desde 2005, o IAP utilizava aeronaves para encontrar áreas desmatadas.

Em breve, o IAP pretende utilizar o mesmo sistema para monitorar a qualidade da água dos rios.

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