IAP multa Maringá em R$ 370 mil por causa do lixão

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O lixão é um sério problema
para o novo prefeito.

A Prefeitura de Maringá recebeu duas multas do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) devido a problemas com o lixão da cidade. O município ainda não apresentou projeto de construção de um aterro sanitário e há 25 anos os resíduos são depositados de modo inadequado. Pelo depósito irregular, a cidade está sendo multada em R$ 70 mil. A outra multa tem o valor de R$ 300 mil e foi aplicada porque, desde outubro, cerca de cem pessoas invadiram a área para coletar o lixo – algumas estão até morando no local.

As multas foram aplicadas no dia 23 deste mês, mas até agora o secretário municipal de Meio Ambiente, Eudes Januário, afirma que foi notificado. Conta que não ficou sabendo das multas pela imprensa e diz não entender o motivo. Explica que em fevereiro deste ano enviou ao IAP um projeto onde a cidade apresentava quatro possíveis áreas para a construção do aterro. Eles queriam que o órgão indicasse qual seria o melhor local. Mas em dezembro receberam a resposta de que aquele projeto não era necessário. A cidade deveria escolher uma área e enviar o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima).

Segundo o secretário, os dois estudos estão prontos. Poderiam ter sido entregues antes, se a resposta do órgão não tivesse demorado tanto. No entanto, a idéia era protocolar no IAP ontem mesmo o EIA-Rima.

Problema reconhecido

Com relação aos catadores de lixo, ele reconhece o problema. Afirma que desde que as pessoas invadiram a área, estão negociando a retirada. Mas até agora não obtiveram sucesso. Eudes diz que a Prefeitura sempre foi empenhada em resolver o problema. Quando assumiram a administração, cerca de 150 pessoas trabalhavam e moravam no lixão, alguns há pelo menos 10 anos. Foram criadas cooperativas e os catadores concordaram em sair da área. "Este é um novo grupo. 98% deles são de cidades vizinhas. A nova administração vai ter que continuar o trabalho de retirada no ano que vem", fala.

Mas para o presidente do IAP, Rasca Rodrigues, nunca houve um empenho real da Prefeitura para resolver o problema. "É inadmissível que eles permitam a entrada de pessoas para catar o lixo", fala. Quanto a documentação do projeto de construção do aterro sanitário, Rasca ressalta que a administração sabia exatamente quais eram as exigência do IAP, mas afirma que a Prefeitura nunca se preocupou em apresentar a documentação completa para que o órgão pudesse analisar o projeto.

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